Estados Unidos

Em entrevista, Trump afirma que vai deportar três milhões de imigrantes que cometeram crimes

Ele pediu que seus apoiadores parem de ameaçar e hostilizar os eleitores de Hillary: “Parem com isso”

Donald Trump em entrevista à CBS
Donald Trump em entrevista à CBS

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu no domingo (13), em entrevista ao programa “60 minutes” no canal de TV CBS, para que seus eleitores parem de ameaçar e hostilizar os eleitores de Hillary Clinton. “Parem com isso”, disse o presidente eleito olhando para as câmeras. “Odeio ouvir isso. Estou tão entristecido de ouvir isso. Se isso ajuda, vou dizer isso, e vou dizer direto para as câmeras: parem com isso”, reforçou.

Trump respondeu isso quando a apresentadora do programa o informou que mensagens racistas estavam sendo espalhadas por seus apoiadores principalmente em escolas.

Sobre imigração, ele afirmou que cumprirá com sua promessa de deportar milhões de imigrantes sem documentos do país. O Republicano confirmou que seguirá adiante com sua proposta migratória e garantiu ainda que cerca de três milhões serão deportados depois que ele assumir o cargo, em 20 de janeiro.

“O que estamos fazendo é pegar essa gente que é criminosa e suas fichas criminais, membros de gangues, traficantes, que totalizam dois, talvez três milhões. E vamos tirá-los do país e vamos fazer com que sejam presos”, declarou.

Sobre o muro que ele propôs construir na fronteira com o México para barrar imigrantes, ele afirmou que algumas partes da obra poderiam ser de cerca.

“Mas em certas áreas, um muro é mais apropriado. Sou muito bom nisso. É chamado de construção, pode haver alguma cerca”, explicou. Em mais um tema polêmico, o magnata republicano garantiu que não revogará a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo no país.

Dispensou o salário

Trump disse, ainda, que abrirá mão do seu salário quando assumir a chefia da Casa Branca. Com uma fortuna estimada em $3,7 bilhões, ele afirmou que receberá apenas um valor simbólico de $1 por mês, como determina a lei, e não os $400 mil por ano que recebe um presidente.

Protestos

Após a sua vitória na eleição, protestos contra a sua retórica agressiva durante a campanha se espalharam por várias cidades do país. Em resposta, Trump garantiu aos americanos que saem às ruas que não há nada a temer quanto a futuro do país. “Não tenham medo, vamos trazer o nosso país de volta”.

Em Miami, milhares de pessoas participaram na sexta-feira (11) de nova manifestação contra o magnata, realizada no centro de Miami, após uma convocação pelas redes sociais com o rótulo #Not My President.

Os manifestantes levavam bandeiras e cartazes com palavras de ordem contra o “ódio” e o “fascismo” e em favor dos imigrantes, assim como outras em uma variedade de temas da recente campanha eleitoral.

A polícia de Miami estima que aproximadamente 3 mil pessoas participaram do protesto pelas ruas da cidade, segundo a emissora “NBC”. No domingo (13) também houve protestos em Fort Lauderdale.

 

Manifestação contra Trump em Miami
Manifestação contra Trump em Miami

 

 

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