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Enfermeira de Miami é presa após ameaçar matar Kamala Harris

Ex-funcionária do Jackson Memorial Hospital foi considerada um "perigo para a sociedade" e pode pegar até cinco anos de prisão. Entre as razões que ela apresenta para matar a vice-presidente dos EUA está o fato de acreditar que Harris “não é realmente negra"

Ameaças foram feitas através do aplicativo JPay (foto: flickr)
Ameaças foram feitas através do aplicativo JPay (foto: flickr)

Niviane Petit Phelps, 39, é moradora  de Miami  Gardens e até a semana passada trabalhava como enfermeira no Jackson Memorial Hospital. Na última quinta-feira (15), ela foi presa pelo Federal Secret Service sob acusação de ter ameaçado matar a vice-presidente Kamala Harris.

As ameaças foram enviadas por Niviane para o seu marido, que se encontra preso, através do aplicativo JPay, que permite a comunicação e o envio de mídias entre pessoas encarceradas e o exterior. As conversas foram obtidas por um agente especial, que apresentou a denúncia contra a enfermeira. No documento apresentado, o agente alega que foram enviados pelo menos cinco vídeos com ameaças.

“Kamala Harris vai morrer. Os seus dias já estão contados” ou “Juro por Deus que hoje é o seu dia de morrer. 50 dias a contar de hoje, marque este dia”,  foram alguns dos exemplos de ameaças feitas pela acusada. Ela também expressou ódio pelo presidente Joe Biden.

Entre as razões que a mulher, que é negra, apresenta para matar Harris, está o fato de ela acreditar  que a vice-presidente “não é realmente negra”.  

O advogado de defesa de Niviane, Scott Saul, disse ao jornal Miami Herald na sexta-feira (16), que ainda está revisando detalhes do caso, mas antecipou  que conversa era privada com seu marido e que a lei federal exige “uma verdadeira ameaça, não apenas conversa fiada. ”

“Com base em meu conhecimento limitado, não acho que minha cliente era uma ameaça genuína para a vice-presidente. Ela apenas desabafou com o marido encarcerado”, falou o advogado.

Ela  aguarda julgamento no Federal Detention Center de Miami e pode pegar até cinco anos de prisão se for condenada. Por ter sido considerada pelo juiz do caso um “perigo para a comunidade”, uma fiança não foi estabelecida. As autoridades também descobriram que no dia  22 de fevereiro, Niviane pediu autorização para porte de arma oculta.

O Jackson Memorial Hospital demitiu a funcionária assim que o caso veio à tona.

Joseph, marido da suspeita, está preso desde 1996, quando assaltou um pequeno esabelecimento à mão armada e assassinou o dono do negócio.

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