Estados Unidos

Epidemiologista acredita que pico de mortes pelo coronavírus nos EUA seja em três semanas

“Talvez, depois disso, alguns estados poderão liberar seus cidadãos para voltar a circular e isolar os grupos de risco. Mas até lá, o vírus já vai ter causado muito estrago”, diz o especialista

Professor Ira Longini na Universidade da Flórida (Foto divulgação UF)

Um epidemiologista da linha de frente do US Centers for Disease Control and Prevention (CDC) estima que o pico de mortes pela COVID-19 nos Estados Unidos seja em três semanas. O professor Ira Longini vai mais além e afirma que muitas pessoas – que não integram o grupo de risco – poderão voltar ao trabalho.

Longini é professor no Centro de Estatísticas e Doenças Infeccionais na Universidade da Flórida e trabalha com o CDC no enfrentamento do coronavírus.

“Eu diria que os Estados Unidos vão ver um pico no número de mortes nas próximas duas a três semanas. Talvez, depois disso, alguns governantes poderão liberar seus cidadãos para voltar a circular e isolar os grupos de risco. Mas até lá, o vírus já vai ter causado muito estrago”, afirma o especialista.

Questionado pela CNN se, com a volta das pessoas às ruas, o número de casos voltaria a aumentar, Longini afirma que será necessário proteger os mais vulneráveis e observar o que vai acontecer na China, onde a vida já está voltando ao normal.

Nesta quarta-feira (25), os EUA têm 61.081 casos de coronavírus e 841 mortes.

Dois especialistas concordam

O médico William Schaffner, infectologista da Vanderbilt Univesity, concorda que o pico da doença vai acontecer em três semanas. “Eu também prevejo que as próximas três a seis semanas serão críticas aqui nos Estados Unidos”, disse ele. Ele acrescentou que pode levar seis semanas, já que os EUA são um “país muito diversificado, com um hot spot em New York. O resto do país está se aquecendo. Nas próximas três a seis semanas, todas essas áreas verão a curva da doença diminuir graças ao distanciamento social que está acontecendo. O vírus nos dirá”.

Outro especialista no assunto, o médico Arnold Monto, professor de epidemiologia na Universidade do Michigan concorda com os colegas. “Concordo que em três semanas teremos uma ideia melhor do que vai acontecer daqui para frente. Os surtos parecem estar atingindo comunidades diferentes em momentos e intensidades diferentes, por isso é difícil generalizar. No entanto, eu concordo em geral. E é por isso que a ação agora em termos de distanciamento social é tão importante “.

Compartilhar Post:

Baixe nosso aplicativo