Os Estados Unidos e a China decidiram prorrogar por mais 90 dias a trégua tarifária vigente, evitando um aumento expressivo nas tarifas de importação que poderia ter levado a um virtual embargo comercial entre as duas maiores economias do mundo. O acordo, válido até pelo menos 10 de novembro, mantém as alíquotas atuais de 30% para a importação de produtos chineses e de 10% para as mercadorias americanas importadas pela China.
A decisão foi tomada após rodadas de negociações e, segundo autoridades de ambos os países, abre espaço para um possível encontro entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping nas próximas semanas. Apesar do gesto conciliatório, temas sensíveis como propriedade intelectual, subsídios estatais e barreiras tecnológicas continuam sem consenso.
Trump afirmou que Pequim deu passos significativos para reduzir desequilíbrios comerciais. Fontes ligadas à Casa Branca indicam ainda que o governo estuda flexibilizar restrições a exportações de semicondutores para empresas chinesas, desde que as vendas sejam acompanhadas de taxas adicionais.
Analistas apontam que a medida garante, temporariamente, um cenário de maior estabilidade para importadores e exportadores, beneficiando principalmente o setor varejista dos Estados Unidos, que poderá reforçar estoques para as compras de final de ano com custos reduzidos.