Estados Unidos

EUA enviarão mais tropas para o Oriente Médio após Israel atacar Hezbollah no Líbano

Com pelo menos 274 mortos, esta segunda-feira (23) se tornou o dia mais mortal na região desde o fim da guerra civil do país em 1990, após os ataques aéreos israelenses

Há cerca de 40,000 soldados dos EUA na região. O Pentágono manteve uma presença robusta lá desde o ataque do Hamas em 7 de outubro à Israel, na esperança de conter os combates (Foto: defense.gov)
Há cerca de 40,000 soldados dos EUA na região. O Pentágono manteve uma presença robusta lá desde o ataque do Hamas em 7 de outubro à Israel, na esperança de conter os combates (Foto: defense.gov)

O Pentágono anunciou na segunda-feira (23) o reforço de suas forças no Oriente Médio à medida que as tensões entre Israel e o Hezbollah aumentam.

A decisão, que envia um número não revelado de soldados, foi tomada após os ataques aéreos israelenses no Líbano contra alvos do Hezbollah que mataram pelo menos 274 pessoas e feriram mais de mil, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, e o aumento do disparo de foguetes e mísseis contra Israel.

“Com o crescente aumento das tensões no Oriente Médio e com muita cautela, estamos enviando um pequeno número de militares adicionais dos EUA para aumentar as forças que já estão na região”, disse o major-general da Força Aérea Pat Ryder, secretário de imprensa do Pentágono. “Por razões de segurança das operações, não comentaremos ou forneceremos detalhes específicos.”

Há cerca de 40,000 soldados dos EUA na região. O Pentágono manteve uma presença robusta lá desde o ataque do Hamas em 7 de outubro à Israel, na esperança de conter os combates.

A nova implantação foi caracterizada como uma apólice de seguro por um funcionário dos EUA que não estava autorizado a falar publicamente. Dado o aumento da tensão na região, a medida é prudente, mas não indica que as tropas dos EUA seriam necessárias para o combate iminente, disse o funcionário.

Dia mais mortal no Líbano desde 1990

Os maciços ataques aéreos na segunda-feira, que atingiram todo o Líbano desde sua fronteira sul com Israel até as regiões do norte perto da Síria, se tornaram a investida israelense de maior alcance no país desde outubro passado. Com pelo menos 274 mortos, foi o dia mais mortal desde o fim da guerra civil do país em 1990, segundo o Ministério da Saúde libanês.

Os militares de Israel disseram ter atingido 800 alvos, incluindo casas que escondem armas para o Hezbollah. Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas israelenses, chamou o ataque de “operação de defesa proativa” para impedir os planos do Hezbollah de atacar Israel. “Estamos visando a infraestrutura de combate que o Hezbollah vem construindo nos últimos 20 anos”, disse ele.

Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, informou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, sobre os ataques.

Milhares de residentes libaneses receberam telefonemas dos militares israelenses alertando-os para evacuar todos os postos do Hezbollah. O Hezbollah lançou dezenas de foguetes de retaliação em direção ao norte de Israel.

Ziad Makary, ministro da Informação do Líbano, chamou os telefonemas de “guerra psicológica” e se recusou a evacuar o ministério.

O ataque ocorreu dias depois que milhares de pagers e walkie-talkies explodiram repentinamente em todo o Líbano em um ataque ligado a Israel, matando 37 e aumentando os temores de uma guerra total.

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