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FDA autoriza uso emergencial da vacina da Pfizer nos EUA

Federal Drug Adminstration segue a recomendação do painel de especialistas e autoriza a vacinação, que deve começar já na semana que vem

Profissionais de saúde terão prioridade na imunização, seguidos por quem trabalha em serviços essenciais (Foto: Grook Da Oger)
Profissionais de saúde terão prioridade na imunização, seguidos por quem trabalha em serviços essenciais (Foto: Grook Da Oger)

A Federal Drug Adminstration (FDA), agência federal reguladora do uso de medicamentos, autorizou na noite de sexta-feira (11) o uso da vacina para covid-19 dos fabricantes Pfizer e BioNTech, um dia depois que um painel de especialistas deu sinal verde para a agência autorizar a vacinação.

“É um verdadeiro milagre médico que o FDA tenha autoirzado o uso de uma vacina para covid-19 somente pouco mais de 11 meses depois que o vírus ficou conhecido no mundo”, disse o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar, em nota. “As vacinas vão ajudar a dar um fim a essa pandemia, e precisamos dobrar as medidas de saúde pública para que nos mantenhamos seguros durante os próximos meses.”

O governo espera que cerca de 2.9 milhões doses inicialmente poderão ser distribuídas. Os carregamentos devem começar em 24 horas. Espera-se que 20 milhões de pessoas sejam imunizadas até o final do ano.

“Temos evidências claras de que a vacina é altamente eficaz até pelo menos três meses após a primeira dose e, de acordo com os dados verificados, acredito que até por mais tempo”, disse à rede de notícias NPR o dr. Paul Offit, diretor do Vaccine Education Center do Hospital Pediátrico da Phildelphia, e um dos 17 membros do painel de especialistas que recomendaram a aprovação à FDA.

Apesar de algumas divergências no painel sobre o uso da vacina para menores de 16 anos, ela foi autorizada para quem os maiores de 16.

A vacina não deve ser ministrada a pessoas com histórico de reações alérgicas severas a algum dos seus ingredientes, diz o rótulo de instruções. Haverá disponibilidade de tratamento médico para reações alérgicas mais sérias que acontecerem logo após a aplicação da vacina. No Reino Unido, onde a vacinação já foi autorizada, houve dois casos de reação alérgica, entre dezenas de milhares de aplicações.

As instruções não fazem restrições ao uso de medicamente em mulheres grávidas ou que estejam amamentando, mas avisam que ainda não há informações suficientes para avaliar os efeitos ou riscos da vacina nesses casos.

“Sabemos que a vacina foi aplicada com segurança em dezenas de milhares de pessoas. Assim, podemos dizer confortavelmente que ela não causa nenhum efeito colateral incomum ou grave”, disse Offit.

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