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“Febre” do Ozempic reduz consumo de guloseimas e Nestlé anuncia investimento em produtos saudáveis

Empresa registrou menor crescimento nas vendas desde 2020 e vai investir em vitaminas e produtos saudáveis para aqueles que querem perder peso

Nestlé está de olho no mercado de perda de peso (Foto Flickr)

Quando o assunto é perder peso, biscoitos, chocolates e doces são os primeiros a serem cortados da dieta. A Nestlé sentiu na pele a queda nas vendas dessas guloseimas desde 2020 e anunciou na última semana uma linha de produtos saudáveis e vitaminas.

A marca tenta compensar a maior queda de receita dos últimos três anos, que pode ser consequência do sucesso de uma nova classe de medicamentos, como Wegovy e Ozempic, que têm sido usados para perda de peso. A empresa, que nega qualquer relação na queda com a popularidade das semaglutidas – está trabalhando em uma ampla variedade de produtos que podem servir de auxiliares para ver cair o ponteiro da balança.

“Quando você come menos, tem necessidades específicas de vitaminas, minerais e suplementos. Você quer ter certeza de que a perda de peso seja apoiada por uma estratégia saudável. Você quer ter certeza de que não vai haver grande perda de massa muscular magra”, disse em comunicado o CEO da Nestlé, Mark Schneider.

A empresa t está trabalhando em tamanhos de porções menores e aposta em produtos como o Optifast, um shake usado como substituto de refeições. Produtos complementares para quem faz dieta podem trazer um impulso necessário aos negócios de ciências da saúde da Nestlé.

Até agora, essa tem sido uma das divisões de pior desempenho da empresa neste ano, que adiou seus objetivos de vendas e lucratividade para 2025 em seis meses. A receita de vitaminas, minerais e suplementos caiu durante o período devido a problemas tecnológicos em suas cadeias de suprimento nos EUA.

Schneider disse que qualquer impacto futuro no consumo seria superado por essas novas oportunidades. A ampla adoção de medicamentos para perda de peso poderia reduzir as vendas de alimentos e bebidas em 1% a 2%, de acordo com o analista da Citigroup, Anthony Pettinari. (Com informações da Bloomberg e O Globo)

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