Dunga estava em Porto Alegre quando recebeu o cartão vermelho da CBF, através do site oficial da entidade
A CBF sequer esperou a poeira da eliminação na Copa do Mundo baixar e decidiu demitir o técnico da Seleção Brasileira. Dunga e sua comissão – incluindo aí o auxiliar Jorginho, o supervisor Américo Faria e o médico José Luís Runco – não estão mais à frente do time.
O comunicado que oficializou a dispensa foi curto e grosso. “Encerrado o ciclo de trabalho que teve início em agosto de 2006, e que culminou com a eliminação do Brasil da Copa do Mundo da África do Sul, a CBF comunica que está dispensada a comissão técnica da seleção brasileira. A nova comissão técnica será anunciada até o final deste mês de julho”, constava no site da entidade.
Agora começam as especulações de quem será o novo ocupante de um dos cargos mais importantes do país. Pelo menos sete nomes já foram ventilados: o favorito, até porque já esteve nesta mesma situação no passado e foi bem-sucedido, é o recém-contratado treinador do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari. Estão na lista ainda os técnicos Muricy Ramalho (Fluminense), Vanderley Luxemburgo (Atlético Mineiro), Dorival Jr. (Santos), Ricardo Gomes (São Paulo) e Mano Menezes (Corinthians). Corre por fora o ex-jogador Leonardo, que treinou o Milan da Itália na temporada passada.
A torcida, como era de se esperar, prefere o técnico do Penta, Felipão, mas a ligação com o Palmeiras pode prejudicar as negociações, até porque a CBF quer exclusividade. Mesmo assim, várias pesquisas feitas em sites de jornais brasileiros apontaram a preferência por Scolari. A opção por Leonardo não parece absurda se o torcedor lembrar que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, quer promover a renovação do time, de olho na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016 – ambas as competições será disputadas no Brasil. Com isso, o contrato do futuro técnico seria de seis anos e não de quatro, como o normal.
Voltando a falar de Dunga, o agora ex-técnico da Seleção foi escolhido para ser o substituto de Carlos Alberto Parreira em agosto de 2006, logo após o fracasso do Brasil na Copa da Alemanha. O capitão do tetracampeonato de 1994, apesar da decepção na África do Sul, deixa o cargo com um saldo positivo: conquistou os títulos da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações de 2009 e terminou as Eliminatórias Sul-Americanas do Mundial de 2010 como líder, classificando a seleção com três rodadas de antecedência. Mas na Copa, que no final das contas é o que vale, o Brasil foi eliminado pela Holanda nas quartas de final.
Horas antes de ter a sua demissão oficializada, Dunga chegou a dizer, durante sua chegada a Porto Alegre na manhã deste domingo, que iria descansar por uma ou duas semanas para depois conversar sobre sua situação à frente do time. A torcida agora espera, com ansiedade, quem será o comandante do tão sonhado hexacampeonato.
