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Filho de brasileiros precisa do apoio da comunidade

Gabriel Faria mora em West Palm Beach e foi diagnosticado com câncer no sangue. Amigos organizam campanhas para ajudá-lo

Gabriel Faria Lima foi diagnosticado com linfoma de Hodgkin ( foto: divulgação)

Nesta sexta-feira (4), o jovem Gabriel Faria faz aniversário, 29 anos. O melhor presente para ele, porém, certamente não virá embrulhado em uma caixa com laço e cartão de parabéns. Gabe, como é chamado, mora em West Palm Beach e foi diagnosticado com linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer no sangue, e está em tratamento intensivo para receber um transplante de medula óssea.

Segundo os médicos, esta é a única chance de sobrevivência para este jovem que nasceu em Coral Springs, filho de pais brasileiros.

Gabe passou a semana no Moffitt Cancer Center, em Tampa (FL) para os exames que vão definir os próximos procedimentos. Num primeiro momento, provavelmente em janeiro de 2021, ele deve receber as próprias células-tronco saudáveis, o que a medicina chama de transplante autólogo.

Mas a necessidade de encontrar um doador compatível não relacionado ainda está dentro das possibilidades e, por isso, a família tem participado ativamente de uma campanha com a Fundação Icla da Silva, o maior centro de recrutamento de possíveis doadores de medula óssea (células-tronco) do Be the Match.

O objetivo é aumentar a diversidade deste banco, até porque é mais fácil encontrar compatibilidade dentro da mesma raça.   

Essa batalha não é novidade para Gabe. Em 2016, o jovem passou pela mesma situação e a enfermidade foi vencida, após o intenso tratamento, e ele entrou em remissão. No entanto, em setembro deste ano, a notícia de que o câncer havia retornado caiu como uma bomba, especialmente em uma época difícil, com a pandemia do coronavírus. “Foi um choque para todos nós, pois meu filho estava levando uma vida normal, sempre com acompanhamento médico é verdade, mas trabalhando e fazendo planos para o futuro”, lembra Monica Perozin, mãe de Gabe.

Os últimos dois meses foram de internações, exames e apreensão, porém, de muita esperança e fé também. “Ele venceu a doença uma vez e vai vencer de novo”, acredita Monica.

Para superar esta fase, a família tem contado com o apoio da comunidade brasileira. Além do encorajamento que recebe através das mídias sociais (#teamgabe), onde descreve as etapas desta jornada, Monica vibra com as inúmeras manifestações de solidariedade, inclusive de pessoas desconhecidas.

Gabriel e a mãe, Mônica, contam com a solidariedade dos conterrâneos (foto: divulgação)

“É incrível o nível de generosidade que temos recebido e isso ajuda a enfrentar esta barra”, descreve a mãe de Gabe. Esta semana, por exemplo, ao colocar no Facebook que estava procurando um restaurante brasileiro na região de Tampa, ela foi surpreendida com uma mensagem de uma mulher que se ofereceu para levar uma “quentinha” para o hospital, pois assim o Gabe poderia se alimentar bem, com “comidinha brasileira”.

Numa outra oportunidade, uma senhora de Massachusetts, ao saber do drama vivido pela família, inclusive no tocante aos altos custos do tratamento, se ofereceu para doar panos de prato feitos por ela para que a venda pudesse ser revertida em dinheiro para ajudar a pagar as contas.

“Estas pessoas são verdadeiros anjos sem asas, pois o carinho é o melhor remédio nestas horas”, diz Monica. Os amigos têm organizado rifas e arrecadando contribuições, sabendo destas dificuldades.

E há muitas formas de ajudar. Caso você queira fazer colaborar financeiramente, uma opção é participar de um sorteio de uma cafeteira Phillips 3200 LatteGo, que acontecerá no dia do aniversário de Gabe.

Para concorrer, os interessados devem mandar um Zelle para (786) 651-4345 ou PayPal para o cadastro de e-mail decastromonica@live.com. Ao enviar a foto do pagamento de S$ 20,00 por rifa, a sua participação será validada com uma mensagem com seu número.

O produto custa cerca de $ 700,00 e você ainda vai colaborar com a família. Outras doações podem ser feitas através do GoFundMe 

E para se registrar como um possível doador de medula-óssea (células-tronco), os interessados precisam ter de 18 a 44 anos e passar dois cotonetes na parte interna da bochecha.

Os dados podem ser preenchidos aqui para que cada um receba o próprio kit em casa. Ou então entre em contato com o representante da Fundação Icla da Silva para saber como fazer parte deste banco de doadores, sem qualquer custo – carlos@icla.org ou (646) 385-0671.

Você pode salvar uma vida!

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