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Fla segura empate com dez homens e vai à sua quinta final

Apesar das declarações do técnico da Academia, Fla foi aguerrido e organizado para defender o empate mesmo em desvantagem numérica

O Flamengo garantiu presença na Final da Libertadores, confirmada para o Estádio Monumental U, em Lima (Foto: Wikimedia)
O Flamengo garantiu presença na Final da Libertadores, confirmada para o Estádio Monumental U, em Lima (Foto: Wikimedia)

COLABORAÇÃO / No Ângulo do Gol / Leonardo Macedo @noangulodogol

Após a partida de ida no Maracanã, o técnico do Racing, Gustavo Costas, afirmou, sem titubear, que estava seguro de que sua equipe estaria em Lima no próximo dia 29 de novembro. Mas faltou combinar com o Flamengo, que não se intimidou com a fumaceira e o atraso à chegada ao estádio e defendeu o empate sem gols no El Cilindro, suficiente para carimbar o passaporte rubro-negro rumo à capital peruana (se a final realmente for lá) para disputar a sua quinta final de Copa Libertadores, sendo a quarta desde 2019.

Com Pedro ausente devido a uma fratura no antebraço, Filipe Luís não optou desta vez por Bruno Henrique como titular e entrou com Plata novamente como “falso nove”. Luiz Araújo Carrascal e Arrascaeta completaram o quarteto de frente. E o Fla se mostrou uma equipe madura e consciente do que era necessário para defender a sua vantagem. Exceção a uma defesa incrível de Rossi em cabeçada de Conechny, quem mais trabalhou foi o goleiro Cambeses, do Racing, que salvou gols quase certos de Luiz e Arrasca. Apenas nos instantes finais da etapa inicial que o time argentino ampliou a presença no campo ofensivo, e assim como na ida, recorreu aos cruzamentos buscando o muito marcado Adrián Martínez.

E o cenário persistiu na etapa final. O Racing seguia pressionando através do mesmo expediente, e aos 10 minutos ocorreu o evento que alterou de vez a dinâmica da partida: Plata foi expulso de forma questionável e rigorosa, e, sem revisão, o Flamengo teria que resistir por pelo menos 40 minutos com desvantagem numérica. Filipe sacou Arrascaeta e Carrascal e pôs Danilo e Bruno Henrique, recuando totalmente o seu time. Zaracho, Martirena, e na sequência, Vietto e Colombo entraram no Racing, que embora tivesse o domínio territorial, seguia atuando nos chuveirinhos, consagrando o impecável sistema defensivo rubro-negro. Foram 38 cruzamentos na área feitos pelo time argentino.

Rossi se tornou o nome do jogo e fez duas defesas difíceis, sendo a segunda um milagre nos acréscimos em finalização de Vietto que ainda desviou em Emerson Royal. De resto, viu se um Flamengo se comportando à la Libertadores: amarrando e picotando o jogo. Os árbitros da Conmebol são sempre complacentes com a cera, e o dessa noite não foi diferente: deu apenas seis minutos de acréscimos. Guerreiros, os atletas rubro-negros deram um último gás para defender o resultado e confirmaram a presença em mais uma final, para a festa dos cerca de 4 mil flamenguistas presentes em Avellaneda.

Apesar das tensões políticas no Peru, a Conmebol não pretende alterar o local da final. Para os rubro-negros mais supersticiosos, ela será disputada no estádio Monumental U, o palco da final de 2019, ano do bi do Fla e da implementação do modelo de final única. E mais: todos os clubes campeões desde então passaram pelo “lado direito da chave”, assim como o Flamengo em 2025.

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