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Furacão Erin volta a se intensificar e provoca evacuações na Carolina do Norte

A trajetória atual indica que ele deve permanecer a leste dos Estados Unidos, mas o NHC alerta para condições perigosas em praticamente toda a costa atlântica, incluindo a Flórida

O furacão Erin já deixou milhares de pessoas sem energia no Caribe e ameaça as Bahamas com chuvas torrenciais (Foto: NHC/NOAA)
O furacão Erin já deixou milhares de pessoas sem energia no Caribe e ameaça as Bahamas com chuvas torrenciais (Foto: NHC/NOAA)

O Erin, primeiro grande furacão da temporada do Atlântico de 2025, voltou a se intensificar e alcançou a categoria 4 nesta segunda-feira (18), com ventos sustentados de até 130 milhas por hora (mph), segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC). Autoridades decretaram estado de emergência em partes da Carolina do Norte. No condado de Dare, moradores e visitantes da Ilha de Hatteras foram obrigados a deixar a região, incluindo as comunidades de Rodanthe, Waves, Salvo, Avon, Buxton, Frisco e Hatteras. No condado vizinho de Hyde, foi declarado estado de emergência para a Ilha Ocracoke. Visitantes começaram a ser evacuados no domingo à noite, e a retirada obrigatória de moradores terá início na manhã de terça-feira (19).

O serviço de meteorologia emitiu alertas de ondas altas e inundações costeiras para Newport e Morehead City, prevendo marés com ondas de até 4 metros e risco de alagamentos em áreas baixas próximas ao litoral. O sistema, que se move a 13 mph em direção ao noroeste, deve gradualmente virar para o norte entre segunda (18) e terça-feira (19), passando a leste das Bahamas e posicionando-se entre a costa dos EUA e Bermuda até o meio da semana. As ondas fortes e correntes de retorno representam ameaça de afogamento em praias da região nos próximos dias.

As bandas externas do furacão já atingem o sudeste das Bahamas e as Ilhas Turcas e Caicos, onde permanecem em vigor alertas de tempestade tropical. Para as Bahamas centrais, foi emitida vigilância de tempestade. O NHC prevê chuvas acumuladas entre 50 e 100 milímetros (mm), podendo chegar a 150 mm em algumas localidades, com risco de inundações.

No fim de semana, o sistema provocou fortes chuvas no Caribe. Em Tortola, nas Ilhas Virgens britânicas, choveu mais de 250 mm, enquanto áreas de Porto Rico registraram mais de 100 mm. Em St. Thomas, nas Ilhas Virgens americanas, ventos de até 51 mph causaram apagões e alagamentos.

Furacão histórico

A tempestade é descrita por meteorologistas como “um furacão histórico” devido à sua rápida evolução e ao tamanho do sistema. Segundo o NHC, o Erin é um dos maiores sistemas recentes: os ventos com força de furacão se estendem até 81 milhas do centro, enquanto os ventos de tempestade tropical alcançam 230 milhas. A intensificação explosiva registrada no sábado (16) — de categoria 1 a 5 em menos de 24 horas — é considerada um marco meteorológico e reforça preocupações sobre os impactos do aquecimento das águas oceânicas no comportamento dos ciclones tropicais.

Com informações da Fox Weather.

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