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Gastos de estrangeiros no Brasil sobem 11,5% no ano

Este é o quarto mês consecutivo que o gasto de estrangeiros no Brasil supera os números do ano passado

Turistas estrangeiros desembarcam no Aeroporto Internacional Galeão/Tom Jobim
Turistas estrangeiros desembarcam no Aeroporto Internacional Galeão/Tom Jobim

Os gastos dos visitantes internacionais no Brasil cresceram 11,47% no primeiro quadrimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2015. De janeiro a abril os estrangeiros injetaram $2,32 bilhões no Brasil por meio do turismo, contra $2 bilhões do primeiro quadrimestre de 2015, segundo divulgou na quarta-feira (25) o Ministério do Turismo, com base em dados do Banco Central. As informações são de G1 e Canal Executivo.

Em abril, a receita cambial turística também superou o resultado do mesmo mês do ano anterior. Os gastos dos turistas estrangeiros foram de $475 milhões, um aumento de 6,88% em relação ao ano passado, de $444 milhões. “Precisamos promover alguns ajustes no ambiente de negócios para aproveitar todo o potencial que o turismo tem para se transformar num importante vetor do desenvolvimento econômico do país”, comentou o ministro Henrique Eduardo Alves.

Este é o quarto mês consecutivo que o gasto de estrangeiros no Brasil supera os números do ano passado.

Brasileiros gastando menos

Enquanto isso, os valores deixados por brasileiros no exterior registram queda, se comparada com os resultados dos mesmos períodos de 2015. No acumulado do ano os gastos dos brasileiros no exterior caíram 41%, de $6,87 bilhões para $4 bilhões.

A queda de despesas de brasileiros no exterior acontece em um momento de dólar relativamente alto, frente aos últimos anos, e também de recessão da economia brasileira. A crise econômica aumenta o desemprego e diminui a renda das famílias. Também contribuem para redução dos gastos no exterior a alta da inflação e o elevado nível de endividamento das famílias.

Já a moeda norte-americana mais alta encarece passagens e hotéis, além dos produtos comprados lá fora. A valorização do dólar também aumenta despesas com cartões de crédito e débito no exterior – que sofrem ainda a incidência do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38%.

Entre 2010 e 2014, os gastos de brasileiros no exterior vinham subindo continuamente. Entretanto, no ano passado, com a alta de quase 50% do dólar, essas despesas caíram 32%.

Até 1994, quando foi criado o Plano Real para conter a hiperinflação no país, os gastos de brasileiros no exterior não tinham atingido a barreira dos US$ 2 bilhões (pela série histórica antiga). Mas, naquele ano, quando o real foi equiparado ao dólar, as despesas somaram $2,23 bilhões. Entre 1996 e 1998, elas oscilaram entre $4 bilhões e $5,7 bilhões.

Com a maxidesvalorização cambial de 1999, o dólar ultrapassou os R$ 3 em um primeiro momento e as despesas lá fora também ficaram mais caras. O gasto voltou a recuar e, naquele ano, se aproximaram dos US$ 3 bilhões.

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