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Governo americano anuncia medidas para combater fraude nos vistos H1B

USCIS começou a receber os processos do visto de trabalho na segunda-feira (3)

Obtenção do visto H1B se transformou em um desafio para trabalhadores e empregadores
Governo Trump quer dificultar a imigração de trabalhadores estrangeiros

O U.S. Citizenship and Immigration Services (USCIS) começou a receber na segunda-feira (3) os processos do visto H1B concedido a trabalhadores estrangeiros. A cota é de 85 mil vistos. No mesmo dia em que começou a receber os processos, o USCIS anunciou uma série de medidas para combater fraudes na requisição do visto.

Entre as medidas anunciadas pelo USCIS para combater fraudes ou abusos com o requisitado visto, estão:

– Visitas às empresas que solicitaram o visto para checar a existência e veracidade do pedido;

– Checar se as empresas também empregam funcionários americanos e não apenas estrangeiros;

– Checar se o beneficiado trabalha para a empresa que solicitou o visto;

– Checar se as empresas estão se esforçando para contratar americanos;

O comunicado deixa claro que o objetivo é verificar se as empresas estão cometendo algum tipo de abuso.

“O objetivo do visto H1B é ajudar empresas americanas a recrutar trabalhadores altamente qualificados fora dos EUA. Vamos verificar se os americanos estão sendo deixados de lado nas contratações. Nossa prioridade é combater qualquer tipo de fraude relacionada a esse visto”, diz o comunicado.

O Departamento de Justiça também divulgou um comunicado pedindo para empregadores não discriminarem trabalhadores americanos.

H1B

O visto de trabalho é muito concorrido e voltado para estrangeiros com curso superior e especialização em alguma área, sendo muito procurado por grandes empresas de tecnologia, como Google, Apple e Facebook. Empresas menores, porém, também podem dar entrada neste visto para funcionários, desde que se enquadrem nos requisitos do visto, que dá direito à permanência de três anos nos Estados Unidos, sendo renovável por mais três.

Vários ramos profissionais, incluindo tecnologia, engenharia, jornalismo, medicina e universidades, competem pelos 85 mil vistos anuais. Os vistos são concedidos como numa loteria e o número de aplicações aumentam a cada ano. Em 2016, a demanda foi três vezes maior que a cota. Empresas de recursos humanos lotam o sistema com candidatos, obtendo vistos para os profissionais estrangeiros e então os indicando às empresas de tecnologia. Essas companhias cobram uma parte considerável do salário. Apesar de o programa ser usado para preencher a falta no mercado de mão-de-obra, Trump tem denunciado o abuso do programa.

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