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Governo brasileiro veta isenção de cobrança de bagagem em voos domésticos

Presidente alega que decisão se deu por razões de interesse público, já que caso a cobrança fosse suspensa, empresas menores não conseguiriam se manter

Jair Bolsonaro alega que veto prejudicaria empresas menores (Foto Antonio Cruz - Agência Brasil)
Jair Bolsonaro alega que veto prejudicaria empresas menores (Foto Antonio Cruz – Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro vetou na segunda-feira (17) a regulamentação de franquia de bagagem inserida por emenda parlamentar na tramitação da Medida Provisória (MP) 863. A MP, que foi apresentada pelo governo de Michel Temer, autoriza até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas e foi aprovada pelo Congresso Nacional em maio deste ano.

O presidente, por meio de sua assessoria de imprensa, justificou o veto dizendo que o fim da cobrança poderia significar o fim de companhias menores. Além disso, a medida incentiva a chegada de companhias aéreas low cost ao Brasil.

Com o veto deste trecho da MP, as aéreas poderão voltar a cobrar pelas bagagens despachadas, ficando os passageiros isentos apenas de bagagens de mão até 10 quilos.

Segundo a assessoria da Presidência, o veto se deu “por razões de interesse público e violação ao devido processo legislativo”.

O porta-voz da Presidência, Otávio Rego Barros, disse que a decisão do presidente foi tomada analisando vários aspectos e suas consequências para o mercado nacional e que não há existe previsão da emissão de outra medida provisória. A partir do veto o tema continua sendo objeto da resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Os deputados tinham incluído no texto original da MP a volta da franquia mínima de bagagem no transporte aéreo doméstico e internacional. De acordo com o destaque, que foi vetado por Jair Bolsonaro, o passageiro poderia levar, sem cobrança adicional, uma mala de até 23 kg nas aeronaves a partir de 31 assentos.

Na Câmara dos Deputados, parlamentares contrários à volta da franquia alertaram para o fato de que o setor tem liberdade tarifária, o que implicaria o aumento das passagens. Os deputados que votaram a favor da volta da franquia destacaram que o argumento de diminuição do preço para justificar a cobrança pelo despacho de malas não se concretizou desde 2017.

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