Imigração Notícias

Governo propõe novo tipo de visto para empreendedores

"Visto Start-Up" facilitaria a permanência temporária de até cinco anos para investidores estrangeiros que apostarem em novas empresas

Casa Branca quer manter empreendedores no país para que não concorram no exterior com empresas americanas

Boa notícia para empreendedores estrangeiros interessados em investir em novas empresas nos Estados Unidos.

O governo Obama propôs uma nova medida imigratória na sexta-feira (26) que facilitaria a presença de empreendedores estrangeiros em solo americano por até cinco anos caso eles tenham participação significativa em empresas “start-ups” que possuam potencial de “rápido crescimento e geração de empregos”, informou um boletim divulgado pelo USCIS (United States Customs and Immigration System), a agência imigratória americana.

Imigrantes empreendedores que tenham investido pelo menos 15% nas empresas e que tiverem um “papel central a ativo” nas operações da companhia poderão qualificar-se para uma permissão temporária de permanência nos Estados Unidos por até dois anos. Se concedida, a permissão poderá ser estendida por mais três anos.

Mas nem todos os donos de grandes idéias poderão se dar bem. Para ser aprovada, a start-up deverá ter levantado pelo menos $345 mil de investidores americanos, ou ter recebido $100 mil em incentivo de determinadas agências do governo. Outras “evidências confiáveis e promissoras” sobre o futuro crescimento da empresa e sua perspectiva como geradora de empregos farão parte do pacote que julgará o mérito da permissão.

O chamado “visto start-up” foi anunciado na sexta-feira pelo Departamento de Segurança Nacional (Homeland Security). Os que forem contra ou a favor da proposta tem até 45 dias para se pronunciarem antes da medida final ser implantada.

A proposta visa atender a uma reclamação dos defensores da reforma imigratória, de que muitos trabalhadores de alto nível e formação são obrigados a voltar para seus países de origem todos os anos. Esses indivíduos costumam abrir start-ups fora do país, que acabam concorrendo com as empresas americanas, em vez de desenvolverem aqui seus empreendimentos, contratando trabalhadores americanos para isso.

“Empreendedores imigrantes sempre trouxeram contribuições excepcionais para a economia americana, em comunidades por todo país. Eles ajudaram no surgimento de pelo menos um em cada quatro novos negócios e start-ups de alta tecnologia no Vale do Silício”, escreveram Tom Kalil, vice-diretor para tecnologia e inovações, e Doug Rand, diretor-assistente para empreendedorismo do Escritório de Políticas para Ciência e Tecnologia da Casa Branca.

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