Histórico

ICE prende 111 indocumentados na Flórida

Operação durou cinco dias e há brasileiros entre os detidos

Na mesma semana em que representantes de entidades de apoio aos imigrantes da Flórida enviaram uma carta ao presidente eleito, Barack Obama, pedindo que ele interceda junto à Casa Branca pelo fim das operações do ICE (Immigration and Customs Enforcement), 111 indocumentados foram presos no estado, em cinco dias de batidas nos condados de Miami-Dade, Broward e Palm Beach e na região de Orlando e Tampa. Entre os detidos estão brasileiros, além de argentinos, chineses, colombianos e pessoas de outras 14 nacionalidades.
As equipes do ICE realizaram a operação conjunta entre os dias 3 e 7 de novembro. Pelo menos 96 dos indocumentados presos eram considerados “fugitivos”, porque não obedeceram ordem de comparecimento à Corte ou de deportação. “A agência ajuda a manter a integridade de nosso sistema de imigração identificando, prendendo e deportando os estrangeiros em situação irregular no país”, disse Michael Rozos, que coordenou a operação na Flórida.
Os outros 15 imigrantes cometeram crimes como tráfico, roubo, agressão física, prostituição e outros. Estes com histórico criminal cumprirão a pena antes de serem expulsos da América. Do grupo todo, 69 continuam nos centros de detenção do ICE. De acordo com as informações divulgadas pela polícia de imigração, 43 foram presos em Miami-Dade, outros 23 em Broward, mais 13 em Palm Beach, 16 em Orlando e 16 na região de Tampa.
Apesar deste fato, os ativistas continuam acreditando que a situação vai melhorar após a posse de Obama. “Temos esperança de que a nova administração vai acabar com as operações contra os imigrantes. É horrível ver tantos lares destruídos, mas estamos fazendo a nossa parte e o primeiro passo foi mandar a carta para o presidente eleito”, disse Nora Sandigo, diretora do grupo Fraternidade Americana, com sede em Miami. Por outro lado, o ICE promete intensificar as operações. “Nós somos uma nação que recebe bem os imigrantes, desde que venham de forma legal”, acrescentou Rozos.

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