Imigração

ICE usa táticas diferentes para prender imigrantes em estados democratas e republicanos

Prisões em cadeias são maioria em estados republicanos, enquanto detenções nas ruas e locais de trabalho predominam em estados com políticas de santuário.

Antes de executaremT as remoções aceleradas, os agente do ICE terão que passar por treinamento (foto: flickr)
Agentes do ICE realizam operações de prisão em comunidades, enquanto políticas de sanctuary dificultam detenções em prisões. Foto: Flickr

O ICE (Immigration and Customs Enforcement) tem adotado estratégias distintas para prender imigrantes nos EUA, com um contraste evidente entre estados que votaram em Donald Trump e aqueles governados por democratas. Dados mostram que nos estados republicanos 59% das prisões acontecem diretamente em prisões e cadeias, enquanto nos estados democratas, 70% das detenções ocorrem em comunidades, em lugares como fábricas, restaurantes e até em abordagens nas ruas.

Essa disparidade reflete as políticas de “sanctuary” adotadas em muitas cidades democratas, que limitam a cooperação de autoridades locais com o ICE. Como resultado, agentes federais têm intensificado operações em campo nesses estados, gerando protestos em cidades como Boston e Los Angeles. Em Massachusetts, 94% das prisões feitas em 2025 não foram no sistema prisional, com maioria dos detidos sem antecedentes criminais.

O governo argumenta que a intensificação das operações nas ruas é consequência direta da recusa dos estados em colaborar com as detenções em cadeias. Já organizações de defesa dos imigrantes denunciam que essas ações têm caráter punitivo, para intimidar comunidades imigrantes e retaliar estados que desafiam as políticas federais de imigração.

De qualquer forma, ambas as estratégias têm gerado medo e afetado o dia a dia de bairros com grande população imigrante, tanto em estados democratas quanto republicanos. Moradores evitam sair de casa, o que prejudica o comércio local e impacta serviços essenciais, como consultas médicas e a frequência escolar.

Com informações da CNN.

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