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Jovem deportada com o filho para Honduras consegue direito de voltar para os EUA

Advogado de Lilian Oliva vai dar continuidade ao caso de asilo em solo americano; caso pode abrir caminho para outras mães deportadas

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Lilian e o filho Christian voltarão para os EUA

Lilian e o filho Christian voltarão para os EUA

Da Redação com Miami Herald – A hondurenha Lilian Oliva Bardales, de 20 anos, e seu filho Christian, de cinco anos, irão retornar aos Estados Unidos, após terem sido deportados em junho de 2015. Na época, Lilian estava presa e tentou suicídio na prisão, tendo sido mandada de volta para o seu país 15 dias depois.

Segundo o advogado da jovem, o Departamento de Homeland Security concedeu a Lilian e a seu filho o direito de continuarem seu processo de asilo em território americano. A decisão foi tomada depois que a Corte de imigração deliberou dizendo que Lilian não recebeu assistência jurídica adequada durante os oito meses que ele ficou presa num centro de detenção no Texas.

“Essa decisão do Departamento de Imigração pode abrir o caminho para outras mães deportadas usarem o argumento de que não receberam representação adequada e deveriam ter a oportunidade de voltar aos EUA e dar continuidade ao processo”, disse o advogado de Lilian, Bryan Johnson.

Lilian disse que, na prisão, tentou se matar cortando os pulsos, disse que foi tirada de perto do filho, teve que ficar nua em frente aos policiais e foi colocada em isolamento até o dia da deportação.

Na época, o asilo foi negado a Lilian porque ela não estava mais com o marido que ela alegava ter batido nela e a violentado. Entretanto, a defesa alegou que Honduras é um país machista e com histórico de violência e, além disso, a polícia nunca respondeu a suas denúncias. “A justiça agora está acontecendo para ela. Até então, ela não tinha nenhuma esperança de ter seu caso de asilo ouvido pela imigração”, completou.

A próxima audiencia da jovem será em três meses. O governo americano concordou em não enviar Lilian de volta à prisão. “Estou muito feliz em ter meu caso reaberto. Os EUA sempre foram o país onde eu quero estar e viver”.

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