Teve início na terça-feira (2) o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele e sete aliados, incluindo generais e ex-ministros, respondem às acusações de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio público. Caso condenado, o ex-presidente do Brasil pode enfrentar até 43 anos de prisão. O processo, transmitido ao vivo pelo STF, está previsto para ser concluído em 12 de setembro.
As investigações apontam que o grupo planejou ações para desestabilizar o processo democrático após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. Analistas políticos destacam que o resultado terá impactos significativos nas eleições do próximo ano, na estabilidade institucional do país e na percepção internacional do sistema democrático brasileiro.
O julgamento ocorre em meio a tensões internacionais com o governo americano. O presidente Donald Trump chegou a classificar o processo como uma “caça às bruxas política” e adotou represálias contra o Brasil, incluindo tarifas de 50% sobre importações brasileiras e sanções contra membros do STF, como o ministro Alexandre de Moraes.
Para garantir a integridade das sessões, foram adotadas medidas de segurança rigorosas, como o fechamento da Praça dos Três Poderes, o uso de cães farejadores e pórticos de detecção de metais, além de reforço no policiamento com tropa de choque da Polícia Militar, Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal.
