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Lula assina acordos comerciais com China e declara parceria ‘que ninguém vai proibir’

No encontro, Lula afirmou que pressões de outros parceiros comerciais, como os Estados Unidos, não devem abalar as relações com a China, país que mais compra produtos do Brasil

Lula encontra o presidente chinês Xi Jinping, em Pequim. Foto: Ricardo Stuckert

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da China, Xi Jinping, se encontraram nesta sexta-feira (14), no Grande Palácio do Povo, em Pequim. No encontro, os líderes assinaram 15 acordos comerciais e de parceria. A China é o país que mais compra produtos do Brasil.

Em discurso aberto à imprensa, que antecedeu a reunião fechada com o presidente chinês, Lula afirmou que pressões de outros parceiros comerciais, como os Estados Unidos, não devem abalar as relações entre Brasil e China. “Ontem fizemos visita à Huawei, em uma demonstração que queremos dizer ao mundo que não temos preconceito em nossas relações com os chineses. Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China”, declarou o petista.

Durante discurso, Lula falou em intensificar as relações entre os países também em áreas como relações culturais e intercâmbio de estudantes universitários “Penso que a compreensão que o meu governo tem da China é de que nós precisamos trabalhar muito para criar uma relação Brasil-China que não seja apenas uma relação meramente de interesse comercial”, destacou.

Entre os termos assinados estão acordos de combate à fome, pesquisa e inovação, energia renovável, produção de carros e ônibus elétricos e cooperação espacial. Um dos acordos prevê o desenvolvimento do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos na parceria bilateral. De acordo com o governo brasileiro, o diferencial do novo modelo é uma tecnologia que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica.

No tema ligado ao meio ambiente e às mudanças climáticas, Lula pediu o compromisso da China com a transição energética e a redução da emissão de poluentes. “Contamos com a China na nossa luta pela preservação do planeta Terra, defendendo uma política climática mais saudável. Em que as pessoas possam respirar ar mais puro e beber água mais limpa. Para isso, é extremamente importante uma transição energética para que a gente possa produzir energia mais limpa, sobretudo eólica, solar, biomassa”, disse Lula.

Com informações da imprensa estatal chinesa, que teve acesso a reunião fechada, Lula e Xi concordaram sobre a necessidade de diálogo e negociação para encerrar a invasão da Ucrânia pela Rússia, divulgou a agência de notícias Reuters.

A comitiva do presidente Lula deixa a China no sábado (15). Essa viagem é a quarta visita internacional de Lula após a posse neste terceiro mandato. O presidente já foi à Argentina, ao Uruguai e aos Estados Unidos.

*Com informações da Agência Brasil

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