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Lula e Zelensky se reúnem e falam sobre aproximação e paz após desentendimentos sobre a guerra

Em publicação nas redes sociais, Lula disse que eles tiveram "uma boa conversa sobre a importância dos caminhos para construção da paz"

Lula com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Foto: Ricardo Stuckert : PR:Flickr

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky na tarde de quarta-feira (20), em New York. A primeira reunião presencial entre os dois chefes de Estado durou um pouco mais de uma hora. Em março, os presidentes conversaram por telefone sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia.

Em publicação nas redes sociais, Lula disse que eles tiveram “uma boa conversa sobre a importância dos caminhos para construção da paz”. De acordo com comunicado do Palácio do Planalto, os presidentes conversaram sobre maneiras de aprofundar as relações entre os dois países e sobre a importância de se encontrar uma solução que leve à paz no conflito com a Rússia.

O presidente da Ucrânia se pronunciou após o encontro: “Reunião importante com Lula. Após a nossa discussão honesta e construtiva, instruímos as nossas equipas diplomáticas a trabalhar nos próximos passos nas nossas relações bilaterais e nos esforços de paz. O representante brasileiro continuará participando das reuniões da Fórmula da Paz.”

O encontro aconteceu no hotel onde Lula está hospedado, e o presidente ucraniano utilizou uma “entrada secreta”. Diferente dos outros chefes de Estado que se reuniram com o presidente brasileiro, Zelensky conta com um esquema de segurança muito reforçado.

Encontros e desencontros

Esse foi primeiro encontro entre os presidentes do Brasil e da Ucrânia depois que um “desencontro de agendas” impossibilitou a reunião entre eles em maio, durante a reunião da cúpula de líderes do G7. Na época, o governo brasileiro disse que o ucraniano não compareceu no horário marcado, enquanto Zelensky afirmou, com ironia, que o problema foi “a falta de tempo” de Lula.

Além de cobrar uma posição mais definida do governo brasileiro em relação ao conflito, os ucranianos criticam falas de Lula sobre a invasão russa. Em uma ocasião, o petista disse que a Ucrânia também tinha responsabilidade na guerra. A fala sobre a ida de Putin ao Brasil na próxima reunião do G20 também criou desconforto entre os países.

Lula defende a criação de um grupo de países, incluindo o Brasil, que lidere uma solução para o fim da guerra. Em seu discurso na Assembleia Geral, o presidente brasileiro reafirmou que o único caminho para a paz é o diálogo. 

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, foi enviado a Kiev, capital da Ucrânia, para participar de uma reunião com Zelensky. Ao comentar o encontro com o assessor especial, o presidente ucraniano disse ter afirmado ao brasileiro que o único plano de paz possível para terminar a guerra já está em andamento na Ucrânia e que está aberto a discutir uma cúpula Ucrânia-América Latina.

*com informações do G1

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