Histórico

Mais de mil africanos são retirados de cidade italiana

Confronto racista na Calábria foi o maior desde a II Guerra Mundial

Pelo menos mil africanos já foram retirados de Rosarno, uma cidade da região da Calábria, no sul da Itália, depois do confronto racista que deixou mais de 50 feridos. Tudo começou quando alguns moradores começaram a atacar os imigrantes, causando uma revolta na comunidade africana, que revidou aos ataques.

A maioria dos imigrantes retirados da região é formada por indocumentados. Eles foram levados para centros de imigração espalhados pela Itália e correm o risco de serem expulsos para seus países de origem. As autoridades já começaram a demolir as casas improvisadas onde os africanos viviam em Rosarno.

A medida desagradou ao Papa Bento XVI, que pediu tolerância aos italianos. “Um imigrante é um ser humano, diferente na origem, na cultura e nas tradições, mas é uma pessoa com direitos e deveres e que deve ser respeitada”, disse em celebração na Praça de São Pedro.
Há aproximadamente oito mil imigrantes ilegais na Calábria e a maioria trabalha na colheita de frutas e verduras. Muitos vivem em fábricas abandonadas sem água corrente ou eletricidade, e grupos de defesa dos direitos humanos dizem que eles são explorados pela organização mafiosa mais poderosa da Itália, que atua naquela área.

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