Estados Unidos

Mercado de trabalho dos EUA bate recorde de pedidos de demissão em agosto

Especialistas acreditam que o alto índice de abandono de empregos no país se deve ao medo da covid-19

Média de auto-demissões desde março deste ano tem sido de quatro milhões (foto: Pixabay)

O número pessoas nos EUA que pediram demissão voluntariamente dos seus postos de trabalho atingiu o maior índice da história em agosto deste ano, de acordo com o relatório Jolts do U.S. Labor Department divulgado nesta terça-feira (13).

Segundo o levantamento, o número de indivíduos que deixaram seus empregos neste mês aumentou 242 mil, elevando o total a um recorde de 4,3 milhões. Desde março passado, a média de auto-demissões tem se mantido na casa do quatro milhões em todo o país. 

Os setores que mais sofreram baixas foram os de hospedagem e serviços alimentares que perderam 157 mil funcionários, seguido do comércio varejista que registrou 26 mil trabalhadores a menos.

Analistas do mercado laboral americano acreditam que o alto abandonando de empregos se deve ao medo da covid-19, já que as áreas mais prejudicadas são as que oferecem serviços voltados diretamente para o consumidor.

Além disso, a pandemia teria reinventado as relações de trabalho, criando um ambiente mais flexível para os empregados.  “Muitas muitas pessoas que trabalhavam por baixa remuneração e com horários fixos, particularmente em lazer e hospitalidade não querem voltar a esses tipos de cargos”, disse Sophia Koropeckyj, economista sênior da Moody’s Analytics em West Chester, Pensilvânia, à agência AP.

Ela observou que ao mesmo tempo que os pedidos de dispensa disparam, a abertura de novos postos de trabalho cai. “As pessoas estão se sentindo confiantes em suas habilidades para conseguir novos empregos “, disse.

Apesar de o mês de julho ter registrado o maior número de vagas de trabalho criadas da série histórica do relatório Jolts, houve queda de 659 mil vagas em agosto.

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