Local

Metade dos moradores da Flórida cogita deixar o estado diante do alto custo de vida

Entre os principais motivos estão o aumento dos preços de moradia, seguros residenciais e automotivos, inflação persistente e elevação de custos de serviços básicos.

O estudo evidencia que, apesar de seu histórico de crescimento econômico e atração de novos residentes, a Flórida enfrenta desafios estruturais que afetam o futuro social e econômico do estado (Foto: Esterliz Nunes)
O estudo evidencia que, apesar de seu histórico de crescimento econômico e atração de novos residentes, a Flórida enfrenta desafios estruturais que afetam o futuro social e econômico do estado (Foto: Esterliz Nunes)

Uma pesquisa realizada pela Florida Atlantic University (FAU), por meio de seu instituto Business & Economic Polling Initiative (BEPI), aponta que quase metade dos moradores da Flórida está considerando deixar o estado devido ao aumento do custo de vida. Segundo os resultados, 26% dos entrevistados afirmaram considerar seriamente a mudança, enquanto outros 23% disseram avaliar a possibilidade de forma parcial.

O estudo revela que 43% dos residentes vivem de salário em salário, enquanto apenas 48% possuem fundo de emergência para cobrir ao menos três meses de despesas. Além disso, 90% declararam algum nível de preocupação com a inflação e 80% com a acessibilidade de moradia.

Os dados também apontam variações regionais e demográficas. Moradores das grandes áreas metropolitanas — incluindo Miami, Orlando e Tampa — manifestaram maior propensão a considerar a mudança do estado, enquanto jovens adultos entre 25 e 34 anos demonstraram elevada preocupação com endividamento e perspectivas de longo prazo.

Especialistas afirmam que, embora considerar a mudança não signifique necessariamente sair, essa intenção revela ansiedade econômica e insatisfação com o cenário atual, o que pode impactar a economia local e a qualidade de vida. Outros pontos relevantes apontados são a redução na arrecadação de impostos e a mudança no perfil da mão de obra, bem como a pressão sobre os preços de aluguel e imóveis em regiões mais acessíveis. Por outro lado, a tendência pode estimular políticas públicas voltadas a subsídios habitacionais, controle de custos e programas de assistência a famílias de baixa renda.

Compartilhar Post:

Baixe nosso aplicativo