Estados Unidos

Militares transgênero são obrigados a deixar as Forças Armadas sem direito à aposentadoria

Especialistas estimam que a decisão poderá causar prejuízos de centenas de milhares de dólares em benefícios vitalícios para cada militar

Militares não terão direito ao benefício pelo qual contribuíram ao longo da carreira (Foto: Cpl Tyler Main/Wikimedia)
Militares não terão direito ao benefício pelo qual contribuíram ao longo da carreira (Foto: Cpl Tyler Main/Wikimedia)

A Força Aérea anunciou que militares transgênero com cerca de 15 e 18 anos de serviço serão forçados a se desligar sem direito à aposentadoria. A decisão, revelada em um memorando datado de 4 de agosto, foi classificada por advogados e defensores de direitos humanos como uma “traição” aos profissionais que dedicaram quase duas décadas de suas vidas ao país. A medida atinge diretamente um grupo de militares que, antes da mudança, poderia solicitar a aposentadoria antecipada por meio do programa Temporary Early Retirement Authority. Alguns chegaram a ter seus pedidos aprovados, mas as autorizações foram posteriormente revogadas após revisão por instâncias superiores.

Segundo o documento assinado por Brian Scarlett, que exerce interinamente o cargo de Assistente-Secretário da Força Aérea para Pessoal e Reservas, os militares nesta situação terão as mesmas opções que recrutas com menos tempo de serviço: desligar-se voluntariamente ou serem dispensados, recebendo apenas um pagamento único de indenização — sem pensão ou outros benefícios de aposentadoria.

Especialistas estimam que a decisão poderá causar prejuízos de centenas de milhares de dólares em benefícios vitalícios para cada militar. Para organizações LGBTQ+, a medida não só aprofunda a discriminação contra pessoas trans nas Forças Armadas, como também representa uma quebra de confiança com profissionais que serviram por quase duas décadas.

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