Estados Unidos

Departamento de Musk quer acabar com a moeda de 1 centavo de dólar

Custo para produzir e distribuir o centavo aumentou mais de 20%

A diferença entre o custo de produção e o valor da moeda aumentou nos últimos anos devido alta nos preços de metais como cobre, níquel e zinco (Foto: cweyant/Wikimedia)
A diferença entre o custo de produção e o valor da moeda aumentou nos últimos anos devido alta nos preços de metais como cobre, níquel e zinco (Foto: cweyant/Wikimedia)

O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) de Elon Musk tem um novo foco de corte de custos: acabar com a moeda de um centavo, popularmente conhecida como penny. A justificativa seria o seu custo de produção e distribuição, que ultrapassa $0,03, representando cerca de $179 milhões no ano fiscal de 2023. O DOGE não confirmou que a moeda será retirada de circulação.

O descompasso entre o custo de produção e o valor da moeda se agravou nos últimos anos devido ao aumento dos preços de metais como cobre, níquel e zinco. Segundo dados da Casa da Moeda, entre 2020 e 2022, o preço do níquel subiu mais de 80%, enquanto os outros dois metais tiveram alta de cerca de 60% no mesmo período. Uma das alternativas para minimizar esse custo seria a substituição por uma moeda feita de zinco revestido de cobre.

Em 2023, foram fabricadas mais de 4,5 bilhões de moedas de um centavo, cerca de 40% da produção total de 11,4 bilhões de unidades de todos os valores. Uma reportagem da New York Times Magazine revelou que dois terços dessas moedas nunca retornaram à circulação depois de passarem pelas mãos dos consumidores.

A discussão sobre o fim dessa moeda é antiga. Em 1976, o secretário do Tesouro do governo Nixon, William E. Simon, escreveu uma carta pedindo sua extinção, e, no ano 2000, o democrata Barack Obama também criticou a penny. Diversos países, incluindo o Brasil, eliminaram a sua versão da moeda de um centavo há mais de uma década.

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