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‘Não sei onde Portugal vai colocar tanto brasileiro’, diz conselheiro português

De acordo com o jornal Mundo Lusíada, brasileiros ainda são a maior comunidade de estrangeiros residentes em Portugal, sendo oficialmente de 80 mil pessoas

Brasileiros estão pedindo ajuda para sair de Portugal FOTO Istoé
Brasileiros são maioria de estrangeiros em Portugal

DA REDAÇÃO, COM MUNDO LUSÍADA – O conselheiro das comunidades portuguesas eleito pelo Brasil, Ângelo Horto, declarou em Lisboa que “uma quantidade enorme” de brasileiros, bem como de emigrantes portugueses, estão trocando o Brasil por Portugal.

“É uma quantidade enorme. Eu não sei onde Portugal vai colocar tanto brasileiro, porque é impressionante. Todos querem vir para cá”, afirmou Ângelo Horto, membro do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CC-CCP), em encontro de três dias realizado na Assembleia da República, em Lisboa.

Ângelo Horto, natural de Trás-os-Montes e emigrante no Rio de Janeiro há 55 anos, descreve que os portugueses “que podem, estão regressando para Portugal”.

Outros, “vivem da forma que é possível”, em alguns casos vendendo os seus negócios e mudando o local de residência.

Já entre a população brasileira, estão indo para Portugal aqueles que têm rendimentos com o qual consigam viver em Portugal ou que têm condições para obter o chamado ‘visto gold’ – nomeadamente através da compra de imobiliário no valor mínimo de 500 mil euros.

Conforme divulgou o jornal Mundo Lusíada, os brasileiros ainda são a maior comunidade de estrangeiros residentes em Portugal, sendo oficialmente de 80 mil pessoas, mas especialistas afirmam que este número é bem maior.

No que diz respeito aos serviços consulares, Ângelo Horto traça um cenário negativo. No Rio de Janeiro, por exemplo, “o serviço consular está muito mal, não se consegue agendar, não se consegue fazer a nacionalidade portuguesa, o próprio ‘site’ do consulado recomenda que as pessoas façam aqui, em qualquer conservatória” em Portugal, relatou.

Na sua última visita ao Brasil, o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, já havia se pronunciado sobre o aumento do fluxo de pedidos de nacionalidades no Brasil, sobretudo em São Paulo, defendendo que mesmo com “aumento exponencial”, o governo tem respondido aos pedidos antes do prazo estabelecido em lei.

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