Imigração

New York começa a distribuir cartões pré-pagos para migrantes em programa polêmico

A ação acontece dois meses depois de o prefeito Eric Adams assinar um polêmico contrato sem licitação de $53 milhões para o programa

Requerentes de asilo fazem fila para receber cartão pré-pago em NYC. Foto: Fox 5 NY

Em um programa que vem levantando críticas, as autoridades da cidade de New York já começaram a distribuir cartões de débito pré-pagos a migrantes indocumentados. Os Cartões de Resposta Imediata (Immediate Response Cards) estão sendo entregues em mãos no Roosevelt Hotel e distribuídos pela equipe da Mobility Capital Finance diretamente aos requerentes de asilo.

A ação acontece dois meses depois de o prefeito Eric Adams assinar um polêmico contrato sem licitação de $53 milhões para o programa. O acordo de um ano foi criticado depois que o jornal NY Post revelou que o contrato foi assinado sem um processo de licitação típico. Segundo a publicação, o programa pode beneficiar a start-up de tecnologia, dando-lhe o potencial de arrecadar $1,8 milhão com uma parte dos fundos carregados em cada cartão com a bandeira Mastercard, de acordo com o contrato. O governo Adams rebateu dizendo que o contrato de emergência era necessário para evitar atrasos na implementação do programa de redução de custos da cidade.

A administração anunciou também que mudou o plano original, que teria os cartões carregados com o equivalente a um mês de dinheiro para alimentação e artigos para bebês. O fundo agora precisará ser reabastecido a cada semana. Uma família com dois pais e filhos menores de cinco anos receberá cerca de $350 por semana, disse o porta-voz da prefeitura.

O programa piloto abrangerá cerca de 460 dos 64.500 migrantes sob os cuidados da cidade, à medida que a Câmara Municipal avalia o seu sucesso. “Esta medida de redução de custos substituirá o atual sistema da cidade de fornecimento de caixas de alimentos não perecíveis às famílias migrantes que ficam em hotéis, muitos dos quais são frequentemente descartados”, disse Kayla Mamalek, porta-voz de Adams. A Prefeitura diz que o novo projeto de alimentação dos requerentes de asilo pode economizar até $600 mil por mês.

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