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Noventa e quatro famílias viviam no prédio que desabou no centro de SP

Prédio de 24 andares pegou fogo na madrugada desta terça-feira e desabou deixando número ainda não confirmado de vítimas

Prédio abandonado do governo federal pegou fogo e desabou
Prédio abandonado do governo federal pegou fogo e desabou

Um edifício de 24 andares desabou por volta na madrugada desta terça-feira (1º) depois de pegar fogo no início da madrugada no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo. Cerca de 90 famílias moravam nos primeiros dez andares do prédio, que era uma ocupação irregular, de acordo com a prefeitura.

Segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos três pessoas estão desaparecidas. Entre os desaparecidos está um homem que estava sendo retirado pelos bombeiros por um cabo do alto do edifício quando houve o desabamento. Moradores relatam que há ao menos outras três pessoas desaparecidas, sendo duas crianças.

Dois cães começaram buscas nos escombros do prédio que desabou no Centro de São Paulo. No entanto, eles foram retirados porque o local ainda não está favorável a eles por estar muito quente e com muita fumaça.

Além de um homem que caiu junto com o prédio durante tentativa de resgate, os Bombeiros receberam a informação de moradores dizendo que uma mulher com duas crianças gêmeas também estavam entre os desaparecidos.

Entre possíveis desaparecidos está a mãe do mecânico desempregado Lucas Souza Sampaio, 32. Eles moravam no terceiro andar do prédio que desabou. Sampaio contou que, quando percebeu o fogo, subiu até o 6º andar para ajudar a irmã, que está grávida e tem um filho pequeno. Enquanto eles desciam as escadas, a parte interna do edifício começou a ceder. Como o fogo era intenso, ele desceu sem socorrer a mãe. “Já circulei por tudo aqui e não acho. Acho que ela não conseguiu sair”, diz ele.

Surpreendidos pelo fogo enquanto dormiam, os moradores deixavam o prédio em chamas quando houve o desabamento. “Estava dormindo, ouvi os gritos e vidros caindo. Quando percebi que era fogo, chamei eles [os filhos] e saí correndo”, diz Deise da Silva Rodrigues, 31, que morava havia um mês na ocupação, depois de ser desalojada de outro prédio, também no centro. Descalça, Deise contou que tinha um “barraco”, como eles costumam chamar o local que ocupavam no 3º andar, com cinco filhos. (Com informações do UOL e G1).

Bombeiros trabalharam toda a madrugada para conter as chamas FOTO Marcelo Brandt G1jpg
Bombeiros trabalharam toda a madrugada para conter as chamas FOTO Marcelo Brandt G1jpg
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