Novo debate presidencial acontecerá em meio a acusações entre as duas campanhas
Os dois principais candidatos à presidência nos Estados Unidos, John McCain e Barack Obama, se preparam para o segundo debate sob tensão. Isso porque as duas campanhas trocaram pesadas acusações nos últimos dias, o que certamente apimentará ainda mais o encontro, que acontece na Universidade do Mississippi.
O candidato democrata não deu tanta importância ao fato de que a vice na chapa republicana, Sarah Palin, disse que ele seria amigo de “terroristas que atacaram os EUA”. “Não tenho nada a dizer sobre política suja”, minimizou Obama. Alguns assessores, porém, criticaram duramente os republicanos e afirmaram que o fato demonstra o desespero do partido. Por outro lado, simpatizantes do candidato McCain acusaram democratas de divulgar informações falsas sobre a atuação do senador por Arizona no Congresso.
O segundo evento previsto pelas campanhas acontecerá a partir das 22 horas e contará com as perguntas dos espectadores, incluindo internautas. O primeiro debate teve recorde de pior nível de audiência, com apenas 52,4 milhões de telespectadores. Antes desse, a audiência mais baixa tinha sido registrada em 1976, quando Gerald Ford e Jimmy Carter foram vistos por 62,7 milhões de pessoas. O embate que atraiu mais espectadores ocorreu em 1980, entre Ronald Reagan e Jimmy Carter, que foram vistos por 80,6 milhões de pessoas.
McCain deve adotar um tom mais duro, seguindo a estratégia de sua companheira de chapa, Sarah Palin, que acusou Obama de ligação com terroristas. O democrata lançou um contra-ataque no domingo, dizendo que os republicanos estão mais interessados em fazer uma campanha maliciosa do que em resolver os problemas da economia americana. Com McCain perdendo terreno nas pesquisas de opinião, um estrategista de sua campanha foi citado como tendo dito que o candidato republicano precisa “virar a página” da questão econômica e fazer a eleição girar em torno da experiência e do caráter de Obama.
