Estados Unidos

Ordem judicial determina divulgação pública de nomes ligados ao caso Epstein

O caso Epstein gerou diversas teorias conspiratórias sobre o possível envolvimento de pessoas públicas e poderosas com tráfico sexual

Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell foram presos por tráfico sexual de menores. Foto: US Attorney’s Office SDNY

Uma juiza federal emitiu uma ordem na segunda-feira (18) para a divulgação pública das identidades de mais de 150 pessoas mencionadas em documentos judiciais relacionados ao caso de Jeffrey Epstein, bilionário americano acusado de tráfico sexual de menores. Epstein foi encontrado morto em uma prisão de segurança máxima em 2019. A juíza Loretta A. Preska, responsável pela decisão, afirmou que a maioria dos nomes já era de conhecimento público, e muitos não se opuseram à divulgação.

As pessoas cujas identidades serão reveladas incluem vítimas de abuso sexual, testemunhas de litígio, funcionários de Epstein e indivíduos com conexão passageira com o escândalo. Todos os mencionados têm até o dia 1º de janeiro para apelar da ordem.

A determinação surge após vários anos de análise de documentos solicitados pelo Miami Herald em um processo civil, iniciado por uma das vítimas de Epstein. Embora grande parte dos registros do processo tenha sido tornada pública nos últimos anos, a juíza resolveu abrir informações que foram inicialmente retidas por motivos de privacidade. A magistrada observou que alguns indivíduos já haviam concedido entrevistas à mídia ou tiveram seus nomes divulgados publicamente de diversas formas, inclusive durante o julgamento de Ghislaine Maxwell, associada e ex-namorada de Epstein, dois anos atrás.

O caso Epstein gerou diversas teorias conspiratórias sobre o possível envolvimento de pessoas públicas e poderosas com tráfico sexual. No entanto, os três processos criminais movidos por autoridades federais e estaduais focaram nas alegações de abuso sexual cometido por Epstein e por Ghislaine Maxwell.

Epstein, que enfrentava acusações de tráfico sexual, morreu por suicídio em agosto de 2019 em uma prisão federal em Manhattan enquanto aguardava julgamento. Maxwell, atualmente com 61 anos, foi condenada em dezembro de 2021 a 20 anos de prisão por ajudar Epstein a recrutar e abusar sexualmente de meninas menores de idade.

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