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Para evitar contaminações por zika, EUA recomendam que grávidas adiem viagens ao Brasil

Região de risco inclui 14 países; Na Flórida, foram confirmados três casos de contaminação pelo zika vírus. Dois em Miami-Dade e outro em Hillsborough County

Da Redação, com G1 – O Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC) recomendou que grávidas adiem viagens para 14 locais afetados pelo zika vírus, inclusive o Brasil. Em um comunicado à imprensa, seguido por entrevista coletiva na última semana, diretores do órgão alertaram que mulheres em qualquer estágio de gravidez “devem considerar adiar suas viagens” e que, aquelas que não podem desmarcar a vinda, devem “conversar com seus médicos e seguir estritamente as medidas de prevenção para evitar serem picadas pelo mosquito aedes aegypti.

As recomendações também se estendem a mulheres em idade reprodutiva, especialmente aquelas que planejam engravidar em breve, de acordo com Lyle Petersen, diretor da Divisão de Doenças Infecciosas do CDC.

Cynthia Moore, diretora da Divisão de Defeitos de Nascença e Deficiências de Desenvolvimento do CDC, também participou da entrevista e afirmou que, embora a maioria dos casos de microcefalia no Brasil tenham sido registrados em filhos de mães expostas ao zika no primeiro trimestre da gravidez, ainda não se sabe se existe um período da gestação mais vulnerável. Ela informou que os estudos sobre o assunto ainda estão em andamento.

Na Flórida, foram confirmados três casos de contaminação pelo zika vírus. Dois no condado de Miami-Dade e outro em Hillsborough County. Os pacientes de Miami visitaram a Colômbia e o outro esteve na Venezuela.

Os EUA confirmaram também o caso de um bebê nascido com microcefalia que pode estar relacionada ao vírus zika. A criança nasceu um hospital de Oahu, no Havaí. As autoridades acreditam que a mãe contraiu zika nos primeiros meses de gravidez quando morava no Brasil, em maio de 2015. Segundo o Departamento de Saúde dos EUA, nem a mãe nem o bebê estão doentes agora e, por isso, não há risco o vírus se espalhar localmente.

Atualmente, há casos de zika registrados em Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Suriname, Venezuela e Porto Rico. Só o Brasil, até o momento, registrou casos de microcefalia.

A relação entre zika e microcefalia foi confirmada pela primeira vez no mundo no fim de novembro de 2015 pelo Ministério da Saúde brasileiro. Após o número elevado de casos de microcefalia em regiões em que o índice de zika também era alto, as investigações começaram. Apesar disso, a situação é muito recente e o tema é cercado de incertezas.

Zica nos EUA
O CDC informou ainda que o primeiro caso de um cidadão dos EUA com zika vírus foi registrado após o paciente retornar de uma viagem ao exterior, em 2007. No período entre 2007 e 2014, o país teve 14 casos, e entre 2015 e 2016 outros 12 foram confirmados. Em todos eles os pacientes foram contaminados durante viagens a outros países.

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