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Parlamentares dos EUA buscam aliviar restrições a Cuba

Democratas podem flexibilizar embargo a viagens e a remessas de dinheiro

Atentos ao estado de saúde de Fidel Castro, parlamentares norte-americanos disseram que o Congresso, agora dominado pelos democratas, pode atenuar as restrições comerciais e de viagens à ilha comunista.

O momento é de mudança nos dois lados. Nos Estados Unidos, a oposição agora controla o Congresso, enquanto Cuba vai se acostumando ao governo interino de Raúl Castro, 75 anos, que desde julho substitui Fidel, submetido a uma cirurgia. Recentes relatos dão conta de que houve complicações e que a recuperação dele é lenta e incerta.

A primeira medida seria permitir que os cubanos que vivem nos EUA, 1,2 milhão, viajassem a Cuba quando quisessem, e não no máximo uma vez a cada três anos, como determina o governo Bush, disse o deputado democrata Bill Delahunt.

“Essa vai ser minha prioridade”, afirmou ele por telefone na quinta-feira, dizendo-se otimista sobre a aprovação disso neste ano.

As restrições do governo Bush também afetaram a quantia em dinheiro que os cubanos dos EUA podem enviar a seus parentes na ilha. Essas decisões dividiram a comunidade cubana em Miami, onde o forte anticomunismo dos primeiros exilados deu lugar a uma geração de imigrantes mais preocupada com o bem-estar de suas famílias.

Delahunt e outros parlamentares contrários ao embargo iniciado em 1962 esperam acabar também com as restrições a cooperação acadêmica e comércio. Há duas semanas, o deputado democrata José Serrano apresentou projeto que suspende inteiramente o embargo.

“Quanto mais abertos formos, mais vamos demonstrar que queremos uma relação respeitosa com Cuba, que seja do interesse de longo prazo dos EUA e que abra um espaço político para que o povo cubano prospere”, disse Delahunt, que esteve em Cuba com colegas em dezembro, mas não foi recebido por Fidel nem por Raúl.

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