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Paul Ryan: ‘Não há nenhum plano em curso para deportar imigrantes’

Speaker of The House Republicano diz em entrevista neste domingo à CNN que prioridade é garantir a segurança na fronteira; Trump revela ao '60 Minutes' que o foco estará na deportação de criminosos - "dois ou três milhões", segundo ele

Donald Trump e Paul Ryan

O presidente da Câmara (Speaker of the House), Paul Ryan, disse neste domingo (13) à rede de TV CNN que, apesar da retórica anti-imigrante de Donald Trump, não existe nenhum plano legislativo no sentido de perseguir e deportar imigrantes indocumentados.

“Não temos planos para a criação de uma força-tarefa para deportações. Donald Trump não tem planos para isso”, disse Ryan ao repórter Jake Tapper, do programa “State of The Union”.

“Acho que precisamos acalmar as pessoas: Nosso foco não está aí. Não é nisso que estamos focados. Estamos focados na segurança da fronteira. Achamos que essa é a prioridade, antes de abordar qualquer outra questão imigratória temos de saber quem está entrando no país – temos que proteger a fronteira”, acrescentou o Republicano.

Trump disse ao repórter Lesley Sathl, do programa da CBS “60 Minutes”, em entrevista que vai ao ar neste domingo, que ele ainda tem planos de construir um muro na fronteira com o México.

Perguntado se aceitaria uma cerca no lugar do muro, Trump disse que “para certas área, talvez, mas para outras um muro é mais apropriado. Sou muito bom nisso. Chama-se ‘construção'”. Trump acrescentou que “poderá haver algumas cercas”.

Ele não repetiu, entretanto a promessa de campanha, de deportar todos os imigrantes indocumentados. Reforçou que o foco será dado na deportação daqueles que cometeram crimes nos EUA — “membros de gangues, traficantes … provavelmente uns dois milhões, talvez três — e depois nos preocuparemos com o que fazer com os outros”.

De sua parte, Ryan evitou responder se apoiaria ou não a imposição de tarifas pesadas nas importações de países como o México. Em vez disso, defendeu reformas tributárias que possam lidar com o problema – “sem consequências adversas, sem prejuízos colaterais para a economia”.

O líder disse que está no mesmo barco que Trump no que diz respeito à manutenção de alguns itens da reforma no sistema de saúde promovida pelo presidente Obama, conhecida como Obamacare. Mas não aceita coberturas obrigatórias para controle de natalidade gratuito para mulheres.

“O Obamacare está fracassando. Precisa ser substituído. Vamos fazer isso, estamos muito entusiasmados. Podemos consertar o que tem defeitos no sistema de saúde sem destruir o que está dando certo”, disse Ryan.

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