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Prefeito de New York assina decreto para cumprir metas do Acordo de Paris

Bill de Blasio afirmou que “cidades devem ir além”; Trump retirou EUA do acordo na semana passada

Prefeito de NY reafirmou que vai cumprir as metas do acordo
Prefeito de NY reafirmou que vai cumprir as metas do acordo

DA REDAÇÃO, COM G1 – O prefeito de New York, Bill de Blasio, assinou na sexta-feira (2) uma ordem executiva que estabelece que a cidade vai cumprir as metas do Acordo de Paris, do qual o presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos. O acordo climático prevê a redução da emissão de gases tóxicos no meio ambiente.

Em uma mensagem gravada em vídeo em seu gabinete, De Blasio afirma que a decisão de Trump enfraquece o trabalho que as cidades e os estados em todo o país estão fazendo para reduzir seu impacto nas mudanças climáticas.

“Isso significa que temos que ir além, temos que lidar com as questões com nossas próprias mãos e a cidade de Nova York vai fazer isso hoje”, disse o prefeito, que nesta quinta já havia criticado a decisão de Trump. “Cidades e localidades em todo o mundo terão de ir mais além do que planejamos originalmente, porque vemos os Estados Unidos da Amércia dando para trás”, acrescentou.

A ordem executiva estabelece que “todas as agências da cidade reportem até 30 de setembro um plano para alcançar metas mais altas em termos de redução de emissões e em uma taxa mais rápida, para nós podermos fazer a nossa parte em redução no aumento da temperatura em menos de 1.5ºC”, disse o prefeito.

No Twitter, De Blasio publicou: “Assinei a Ordem Executiva 26 porque o futuro da cidade de Nova York está ameaçado pela mudança do clima. Nós vamos honrar as metas do “AcordoDe Paris”.

Acordo de Paris

O acordo de Paris, assinado em dezembro de 2015 durante a cúpula da ONU sobre mudanças climáticas, COP 21, prevê que os países devem trabalhar para que o aquecimento fique muito abaixo de 2ºC, buscando limitá-lo a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais.

A saída dos EUA, segundo maior produtor mundial de gás de efeito estufa, pode minar o acordo internacional, o primeiro da história em que os 195 países da ONU se comprometem a reduzir suas emissões. A decisão de Trump pode ter sérias consequências para o cumprimento das obrigações previstas pelo tratado por parte de outros países e, mais em geral, sobre a condição climática do planeta, considerando que o aquecimento global é um fenômeno que já está ocorrendo e que todos os anos perdidos na luta contra esse fenômeno aumentam o risco de provocar efeitos irreversíveis sobre o clima.

Segundo levantamentos realizados por várias universidades e centros de pesquisa de diferentes países do mundo, a saída dos EUA do Acordo de Paris acrescentaria 3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) emitido por ano na atmosfera, aumentando a temperatura da Terra entre 0,1º e 0,3º C até o final do século.

Ao justificar a decisão de retirar os EUA do acordo, Trump disse que o documento traz desvantagens para os EUA para beneficiar outros países, e prometeu interromper a implementação de tudo que for legalmente possível imediatamente. O presidente americano também disse que ia negociar um retorno ou um novo acordo climático em termos que considere mais justos para os americanos.

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