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Remédio para câncer do pulmão ‘prolonga a sobrevida em 50%’

Pacientes com câncer no pulmão tiveram expectativa de vida aumentada depois de medicamento

Um medicamento para câncer de pulmão, ainda em fase experimental, prolongou a expectativa de vida dos pacientes em mais de 50% em testes preliminares.
Pacientes que receberam o remédio AS1404, além do uso de quimioterapia comum, viveram em média 14 meses, comparados aos 8,8 meses dos pacientes que receberam apenas quimioterapia.

“É ótimo ver esta grande vantagem na sobrevivência com o AS1404 em pacientes com câncer de pulmão. Isto me deixa muito otimista quando entramos na terceira fase dos testes”, disse Mark McKeage, médico da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, um dos que lideraram a pesquisa.

A segunda fase do estudo, realizado pela companhia de biotecnologia britânica Antisoma, pesquisou 70 pacientes com a forma mais comum do câncer de pulmão. A doença mata mais de 26 mil pessoas por ano apenas na Grã-Bretanha.

“Sobrevivência é o padrão mais importante pelo qual medicamentos contra o câncer são julgados e, portanto, estas notícias são animadoras”, disse Glyn Edwards, da Antisoma.

O AS1404 foi desenvolvido por cientistas da Nova Zelândia, mas a companhia farmacêutica que inicialmente recebeu a autorização para fabricação não teve os recursos para o desenvolvimento do medicamento.

Vaso sangüíneo

O medicamento pertence a uma nova classe de compostos chamados agentes de interrupção vascular, que cortam o fornecimento de sangue para tumores.

Tumores sólidos dependem de uma rede de vasos sangüíneos para sobreviver e crescer.

O AS1404 é capaz de distinguir entre vasos sangüíneos que alimentam o tumor e aqueles que servem órgãos saudáveis.

Os vasos sangüíneos que alimentam tumores são mais permeáveis e bem menos organizados do que aqueles que vão para órgãos saudáveis.

A instituição de caridade britânica Cancer Research UK vai participar da pesquisa para levar o medicamento para os primeiros estágios dos testes clínicos.

Os testes da segunda fase são realizados para descobrir se o remédio é efetivo no tratamento do câncer.

A terceira fase dos testes compara diretamente o novo tratamento com os tratamentos padrão pra ver se o novo tramento é melhor.

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