O salário-mínimo da Flórida será elevado para $ 14 por hora a partir de 30 de setembro, conforme estipulado pela Emenda Constitucional 2, aprovada por ampla maioria dos eleitores em 2020. O reajuste representa um acréscimo de $ 1 em relação ao valor anterior e marca a penúltima etapa de um cronograma progressivo que visa atingir $ 15 por hora até 2026. A medida afeta milhares de trabalhadores, especialmente nos setores de restaurantes, hotelaria, varejo e serviços domésticos, que tradicionalmente concentram grande número de empregados com remuneração mínima.
O valor supera o salário-mínimo federal, que permanece fixado em $ 7,25 por hora desde 2009. Outros estados, como Califórnia, Massachusetts e Nova York, já adotam pisos salariais próximos ou superiores a $ 15 por hora, dependendo da região e do porte da empresa.
A elevação do piso salarial também beneficia os trabalhadores que recebem gorjetas, como garçons e bartenders. Para esses profissionais, o valor mínimo passará de $ 9,98 para $ 10,98 por hora, mantida a exigência de que a soma entre gorjetas e salário-base atinja o mínimo legal.
Sindicatos e organizações de defesa dos trabalhadores elogiaram o reajuste. A Federação Americana do Trabalho (AFL-CIO), por exemplo, destacou que esse aumento é essencial para garantir o mínimo de dignidade diante do alto custo de vida em cidades como Miami, Orlando e Tampa.
Já representantes de pequenas e médias empresas demonstraram preocupação com o aumento dos custos operacionais. Muitos alegam que, embora apoiem salários mais justos, será necessário buscar alternativas para absorver os impactos sem repassar os custos integralmente aos consumidores.
