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Silver Glen Spring: A dois passos do paraíso

Conforme prometido na minha estreia no AcheiUSA, no mês passado, nesta edição vou responder a pergunta nº1 quando comento sobre a mudança de país: “qual visto vocês tem?” ou “como conseguiram o visto?!”.

Existem várias formas de transformar o “sonho americano” em realidade. E cada caso, é um caso que deve ser analisado a fundo por uma empresa especializada que trabalhe com expatriados (conheço e admiro algumas pessoas que fizeram o processo sozinhas, mas eu não conseguiria). Os vistos mais comuns são os de estudante, investimento ou com uma proposta de trabalho. Quando decidimos tentar imigrar, chegou-se à conclusão que com meu histórico de trabalho no Brasil, o mais indicado seria aplicar para o Green Card pelo processo do EB2.

O mais engraçado é perceber o espanto de algumas pessoas quando falamos que temos o GREEN CARD! Aí já começam as especulaçōes: “você casou com americano?”; “Investiu milhões em alguma empresa nos EUA?”; “Foi loteria?”. Não foi nada disso e queria reforçar que, sim, é possível!

O fato de ter chegado ao país já com esse documento, geralmente, gera muita curiosidade. Eu, sinceramente, não sou profissional da área para ter todas as respostas, mas tento na medida do possível, ajudar aos interessados. Infelizmente, na nossa vez, não encontramos muitas pessoas disponíveis em ajudar e faço disso um motivador para ser solícita aos que me procuram.

Como mencionei, o visto que aplicamos é o chamado EB2, que te credencia direto ao Green Card. Ele é um visto considerado para profissionais que possuem “habilidade excepcional” em atividades relacionadas à artes, ciências ou negócios. Ou seja, são pessoas que os Estados Unidos consideram como profissionais que se destacam em suas carreiras e que podem beneficiar de alguma forma a economia nacional, os interesses culturais ou educacionais, ou o bem-estar dos Estado Unidos. No meu caso, o processo foi referente aos meus 12 anos bem-sucedidos, dedicados ao ofício das artes cênicas e figurino.

Numa regra geral, esses profissionais precisam atender pelo menos 7 requisitos dos 10 exigidos pela Imigração. Como por exemplo: 10 anos dedicados integralmente à mesma profissão (com reconhecimento profissional comprovado), salário diferenciado da média nacional de pessoas que exerçam a mesma função, nível educacional na área, cartas de recomendação, premiações, associação ao sindicato da sua categoria ou outras entidades profissionais – no meu caso Satedrj e Fenaj. Claro, existem diversas exceções, mas essa seria uma boa base para entender quais são os requisitos básicos.

Eu já vi várias pessoas tão capacitadas ou mais, que possuem bastante vontade de se aventurar, mas não conhecem essa possibilidade. Então, repito… É POSSÍVEL!

Espero que esta coluna seja sempre uma ferramenta de incentivo para os que se sentem sem alternativa e dizer que nesse mundo, a gente só sabe se vai conseguir algo, se tentar! Fiquem à vontade para tirar suas dúvidas no Instagram @orlandoparabrazucas. Vamos juntos!

Bate-Volta

Que meus patrões não me ouçam, mas se tem algo que me deixa louca, é saber que em geral os turistas viajam para Orlando e preenchem todos os seus dias por aqui com parques e shoppings. Também alguns moradores da região não exploram outras atividades além das tradicionais, mas quero dizer que nos arredores da cidade temos lugares incríveis, dignos de cartão postal e eu posso provar! Essa é a ideia do “Bate-Volta”: dar dicas de lugares perto de Orlando que podem ser apreciados por todos.

Pouca gente sabe, mas paraísos como este das fotos estão espalhadas em diversos pontos aqui da Flórida, são os chamados “Springs”. Selecionei para vocês essa delícia de lugar, o Silver Glen Spring, que fica há mais ou menos uma hora e meia do centro de Orlando, na Floresta Nacional de Ocala.

Com água azul turquesa de beleza estonteante e extremamente límpida, é possível ver os peixes e, em algumas épocas do ano, até nadar com peixes-boi! Agora, como nem tudo pode ser perfeito, a água é BEM gelada!

Esse bate-volta tem estrada muito boa e sinalizada. Atualmente, o valor de entrada durante a semana é $9 por pessoa e aos finais de semana $12 por pessoa.

Lá também tem aluguel de caiaque e os visitantes podem e devem levar comida e bebida (inclusive para um churrasco em família), porém nada de bebidas alcoólicas ou embalagens de vidro. Não deixe de levar boias e cadeiras, como se fosse preparado para um dia de praia. O local oferece banheiros químicos (limpos!) e também há vestiário, caso seja necessário.

Para os amantes dos esportes, é possível jogar vôlei, caminhar ou andar de bicicleta por uma trilha. Mas CUIDADO: nas placas locais tem alertas sobre a possibilidade de encontrar ursos pela trilha. To fora!

Outro ponto de atenção é o sinal de celular. O meu não tinha sinal até a cidadezinha de Eutis, vizinha da Spring, e tive problemas para acessar o GPS! Esteja atento e programado para chegar e sair do local em segurança.

Ao chegar neste lugar, na companhia dos meus pais, me lembrei do querido colega de trabalho Evandro Mesquita, ao qual peço licença para parafrasear um de seus sucessos: “estou a dois passos do paraíso”. Águas calmas, vista linda, ambiente silencioso e familiar… altamente recomendado para visitantes em Orlando!

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