Da redação
A guerra é outra e bem menos sangrenta, mas o empenho e orgulho dos para-atletas norte-americanos em defender seu país são os mesmos. Nos Jogos Parapan-americanos, que começam dia 12, alguns ex-soldados norte-americanos devem ser destaque. Eles trazem na bagagem a experiência de terem se tornado deficientes em campos de combates, no Iraque. Scott Winkler, de 34 anos, é um desses heróis. Deve disputar medalha no arremesso de peso, pois já detém o recorde mundial da categoria.
Scott ficou paraplégico após sofrer uma queda de um caminhão, no Iraque. O esporte foi sua alternativa para vencer a depressão que o acometeu, após o acidente e lhe deu novas causas pelas quais lutar. “Assim como eu lutei pelo meu país na guerra, quero representar os Estados Unidos como esportista”, destaca.
Outro para-atleta, que vem sendo treinado por Joaquim Cruz, também enfrentou uma fase depressiva após perder as pernas. Travis Greene foi atingido por um carro-bomba, há 2 anos. ”A missão permanece sendo a mesma, quer você tenha se ferido, quer não. Fizemos muitas coisas boas por lá. Conhecemos várias famílias que tiveram ao menos uma pessoa morta por Saddam. E agora ele não está mais lá”, diz. Ele defenderá o país em corridas com cadeira de rodas, e também tem chance de medalhas.
Fonte: www.bbc.com
