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Suicídio de dois jovens sobreviventes do massacre de Parkland reacende debate entre pais e comunidade escolar

Adolescente, que não foi identificado, era aluno da Marjory Stoneman Douglas, onde 17 jovens foram assassinados em um ataque em fevereiro de 2018; esta é a segunda morte em uma semana

Escola foi alvo de massacre em 14 de fevereiro de 2018 (Foto: Reuters/Mary Beth Koeth)
A Marjory Stoneman Douglas High School foi alvo de massacre em 2018 Foto: Local10

Dois casos de suicídio de estudantes da escola de Parkland no intervalo de uma semana reacendeu o debate entre pais, alunos, comunidade escolar e autoridades sobre a importância de discutir o assunto. No domingo (24) foi realizada uma reunião emergencial na Marjory Stoneman Douglas High School com o objetivo de oferecer ajuda a estudantes que estão sofrendo por stress pós-traumático.

O caso mais recente foi de um estudante que saiu ileso do tiroteio em fevereiro do ano passado quando morreram 17 pessoas e se suicidou neste fim de semana, dias depois de uma outra sobrevivente do massacre ter feito o mesmo.

Segundo a polícia de Coral Springs, o jovem faleceu “aparentemente por suicídio” na noite de sábado (23).

O estudante não foi identificado pela polícia, mas a polícia indicou que era um adolescente de 15 ou 16 anos que ainda estudava no Marjory Stoneman Douglas.  No fim de semana anterior, Sydney Aiello, de 19 anos, que também saiu ilesa do ataque em Parkland e concluiu os estudos na escola, se suicidou motivada pela “síndrome do sobrevivente”.

Os pais da jovem disseram na quinta-feira à emissora de TV CBS4 que ela se matou porque sofria da síndrome do sobrevivente, um quadro de estresse pós-traumático desencadeado e sustentado pela culpa de ter passado por um ato de violência e ter sobrevivido.

“É muito triste que perdemos mais um. Nós temos estudantes e professores em risco”, disse Ryan Petty, que perdeu a filha de 14 anos no massacre. “Nós temos que reconhecer depois de uma tragédia com esta, que os jovens estão sofrendo de ansiedade e depressão. Temos que educar os pais e professores a identificar os sinais, fazendo as perguntas certas”.

Entre os sinais que devem ser identificados pelos pais estão: dormir demais, passar tempo demais no quarto, fadiga e apatia, dificuldade para se concentrar, fuga de atividades sociais com a família e amigos.

O condado de Broward tem um número de telefone para quem sofre de depressão ou que tenha pensamentos suicidas ligue: 211. (Com informações do Sunsentinel).

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