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Terça-feira, 4 de julho, foi o dia mais quente já registrado na Terra, diz agência americana

Cientistas acreditam que este 4 de julho tenha sido um dos dias mais quentes em cerca de 125 mil anos; ao menos 13 pessoas morreram nos EUA devido às altas temperaturas

O dia 4 de julho de 2023 foi o mais quente já registrado na Terra. Foto: LA Times

A terça-feira, 4 de julho de 2023, foi o dia mais quente da história já registrado na Terra, com a temperatura média global atingindo 62,92º F (17,18ºC), de acordo com dados do U.S. National Centers for Environmental Prediction. Cientistas acreditam que este 4 de julho tenha sido um dos dias mais quentes em cerca de 125 mil anos, devido a uma perigosa combinação de mudanças climáticas, o retorno do padrão El Niño e o início do verão no hemisfério norte.

A temperatura na terça-feira (4) foi um grande salto nas médias e recordes globais e 0,31ºF mais quente do que na segunda-feira (3), de acordo com a Associated Press. Na data, a temperatura média global ultrapassou o recorde anterior de agosto de 2016, que era de 16,92°C. Ao menos 13 pessoas morreram nos últimos dias devido às altas temperaturas.

As regiões sul dos Estados Unidos têm sofrido com uma intensa área de calor nas últimas semanas, deixando cerca de 57 milhões de pessoas expostas a temperaturas perigosas. No México, mais de 100 pessoas morreram entre 12 e 25 de junho devido ao calor extremo que atinge regiões do norte do país, informou o governo na quinta-feira (29).

Na China, uma onda persistente continua a afetar o país, com temperaturas acima dos 35°C. No norte da África, as temperaturas têm chegado próximo dos 50°C. Mesmo a Antártica, que está atualmente em seu período de inverno, registrou temperaturas excepcionalmente altas nesse período. A Base de Pesquisa Vernadsky, da Ucrânia, localizada nas Ilhas Argentinas do continente gelado, recentemente quebrou seu recorde de temperatura para o mês de julho, alcançando impressionantes 8,7°C.

“Infelizmente, isso é apenas o primeiro de uma série de novos recordes que serão estabelecidos neste ano, à medida que as emissões crescentes de dióxido de carbono e gases de efeito estufa, juntamente com um evento de El Niño em desenvolvimento, empurram as temperaturas para níveis cada vez mais altos”, alertou Zeke Hausfather, cientista de pesquisa do Berkeley Earth.

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