Analistas acreditam que somente um desempenho formidável do republicano pode conter avanço de democrata
John McCain vai jogar todas as suas fichas no terceiro e último debate entre os dois principais candidatos à presidência dos Estados Unidos. Atrás das pesquisas de opinião e vendo seu adversário, o democrata Barack Obama, subindo cada vez mais nas pesquisas, McCain não tem outra alternativa. Por isso, especialistas acreditam que o encontro do dia 15 de outubro na Universidade Hofstra, em Hempstead (NY), será bem mais acalorado.
O segundo debate entre os principais foi bem parecido com o primeiro: morno, sem novas revelações e com as discussões girando em torno de dois assuntos principais – a economia e a guerra. Nesse sentido, o democrata Barack Obama saiu-se melhor do que o adversário, o republicano John McCain, segundo uma pesquisa feita entre eleitores, logo após o evento na Universidade Belmont, no Tennessee. De acordo com 54% da população, Obama se destacou principalmente pelas soluções apresentadas quanto à crise financeira. O único quesito em que McCain foi superior ao democrata foi em relação à segurança nacional, de acordo com o público.
O impacto da economia sobre o americano médio foi um pontos principais do embate. Mas, apesar de ambos os candidatos terem dado respostas endereçadas aos milhares de mutuários arriscados de perderem suas casas em meio à pior crise dos EUA desde a Grande Depressão, as propostas divergiam em gênero, número e grau. Enquanto o democrata sugeriu cortar gastos, o republicano apostava na renegociação das hipotecas para resolver o problema.
“Nós estamos na pior crise financeira desde a Grande Depressão, e eu acho que muitos de vocês estão preocupados com seus empregos, suas pensões, suas contas de aposentadoria”, disse Obama, lembrando que Bush chegou à presidência, em 2001, com superávit e que deixa o cargo com um déficit gigantesco. Já McCain bateu no plano tributário de Obama, que defende isenção de impostos para quem ganha menos de US$ 250 mil dólares ao ano. “Entendo que os americanos estejam furiosos, perturbados e um pouco temerosos. Atualmente, nós não temos confiança e segurança em nossas instituições, mas nós vamos renegociar as hipotecas, o tesouro pode fazer isso. E essa não é uma proposta de Obama, nem de Bush. É uma proposta minha”, afirmou o republicano.
Neste momento, analistas políticos acreditam que somente um excelente desempenho no terceiro e último debate entre os candidatos pode conter o avanço de Obama nas pesquisas de opinião, que aparece na frente em Estados que podem ser decisivos nas eleições. O encontro será realizado apenas 20 dias antes das eleições de 4 de novembro.
Madonna compra nova briga com republicanos
Sempre disposta a fomentar polêmica, a pop star Madonna arrumou mais uma e com um de seus alvos preferidos dos últimos tempos – o partido republicano. Depois de incluir, em sua turnê ‘Sticky & Sweet’, a imagem de John McCain ao lado de cenas de destruição, aquecimento global, crianças famintas e Adolf Hitler, a cantora disse durante um espetáculo que a candidata à vice-presidência Sarah Palin não seria bem-vinda ao seu show. “Ela não pode vir à minha festa. Não é nada pessoal, mas não gostaria de vê-la na platéia”, disse ao público de New Jersey, onde ela fez show no fim de semana. Os republicanos não deixaram os dois episódios passar em branco e um porta-voz da campanha de McCain afirmou que a atitude da cantora é “ultrajante, inaceitável e provoca a discórdia de forma grosseira”.
Sarah Palin é parente de Roosevelt e da princesa Diana
A candidata a vice republicana, Sarah Palin, tem parentesco com o ex-presidente americano Franklin Delano Roosevelt e com a britânica princesa Diana. Pelo menos é isso que afirmam genealogistas do site Ancestry.com. O democrata Roosevelt seria primo distante de Palin, provavelmente de nono grau. Seu ancestral comum é o reverendo John Lothrop, que se mudou para Massachusetts em 1634. A relação entre a candidata a vice e Lady Di seria mais distante, de décimo grau.
