A Tesla deu início no domingo (22), na cidade de Austin (Texas), o seu serviço de “robotáxi” com uma frota inicial de 10 a 20 veículos do modelo Model Y, adaptados com a tecnologia Full Self-Driving (FSD). As corridas são limitadas a uma zona geográfica específica da cidade, e estão disponíveis diariamente das 6h da manhã à meia-noite, com tarifa fixa de $ 4,20 por viagem. Apesar do nome “autônomo”, um funcionário da empresa permanece no banco dianteiro do passageiro para monitorar a operação e garantir a segurança.
Influenciadores digitais e investidores foram convidados para realizar as primeiras viagens e compartilhá-las nas redes sociais. Segundo relatos dos primeiros usuários, as corridas ocorreram de forma “surpreendentemente normal”, e o sistema reagiu bem a obstáculos e sinalizações. A empresa espera escalar o serviço para mil veículos em Austin nos próximos meses, e expandir para cidades como San Francisco e Los Angeles até o fim de 2025.
Diferente de concorrentes como a Waymo, da Alphabet, que utiliza sensores e radar em sua frota, a Tesla aposta em uma abordagem baseada exclusivamente em câmeras e redes neurais. Essa decisão, embora elogiada por sua eficiência de hardware, tem gerado críticas quanto à segurança em condições imprevisíveis de tráfego.
Apesar da recepção positiva e do entusiasmo de Elon Musk — que classificou o lançamento como “a culminação de uma década de trabalho árduo” — o projeto tem gerado controvérsias. A estreia ocorre poucos meses da entrada em vigor de novas exigências de licenças específicas para veículos autônomo, válidas a partir de setembro. Além disso, o sistema FSD da Tesla segue sob investigação pela agência reguladora de trânsito por incidentes anteriores relacionados à condução automatizada.