Sob ordem do presidente Donald Trump, tropas da Guarda Nacional do Texas começaram a ser mobilizadas na noite de segunda-feira (6) rumo a Illinois, com destino a Chicago. A decisão avançou após a juíza federal April Perry rejeitar o pedido emergencial do estado para suspender a medida. O plano prevê que cerca de 400 soldados se somem a 300 membros da guarda estadual, já federalizados e colocados sob comando do governo central.
A operação foi autorizada para início imediato e deve durar aproximadamente 60 dias, com possibilidade de prorrogação. O governador de Illinois, JB Pritzker, reagiu com dureza e classificou a movimentação como uma “invasão”. Em nota, afirmou que não foi consultado e ressaltou que a iniciativa é um ataque direto à soberania de Illinois, e que não permitirá que forças externas militarizem suas comunidades
O prefeito de Chicago, Brandon Johnson, também agiu rapidamente e assinou uma ordem executiva proibindo que agentes federais utilizem propriedades, prédios ou veículos municipais em operações de segurança ligadas à intervenção.
O deslocamento das tropas aprofunda o embate entre Washington e governos estaduais, sobretudo os comandados por democratas. Para críticos, a medida representa uma forma de intervenção federal sem precedentes, que pode abrir caminho para futuras operações semelhantes em outros estados em conflito com a Casa Branca.