Estados Unidos

Trump diz que Michael Cohen ‘mentiu muito’

O presidente tachou de “vergonhoso” o restante do testemunho de Cohen e lamentou que essa audiência no Congresso foi programada “durante uma cúpula tão importante”

Michael Cohen, ex-advogado pessoal de longa data de Donald Trump, atacou seu ex-cliente
Michael Cohen, ex-advogado pessoal de longa data de Donald Trump, atacou seu ex-cliente

O presidente Donald Trump disse nesta quinta-feira (28) que seu ex-advogado Michael Cohen “mentiu muito” e disse coisas “incorretas” sobre ele em seu comparecimento desta quarta-feira diante do Congresso, mas garantiu, no entanto, que ele falou a verdade ao afirmar que a campanha presidencial republicana de 2016 não teve conluio com a Rússia.

Questionado durante entrevista coletiva em Hanói sobre as palavras proferidas por Cohen diante do Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos sobre ser “racista, vigarista e uma fraude”, Trump disse que são afirmações “incorretas”.

“Mentiu muito, mas é muito interessante, porque não mentiu sobre uma coisa. Disse que não houve conspiração no caso de uma suposta ingerência da Rússia” nas eleições de 2016, respondeu o presidente americano.

Ele disse ter acompanhado o que foi possível do testemunho de Cohen — apesar de ter começado às 22h em Hanói –, e se questionou “por que não mentiu sobre isso [a Rússia] também, como fez com o resto”. “Disse que não houve conspiração, e isso me impressionou um pouco, francamente”, reconheceu.

O presidente tachou de “vergonhoso” o restante do testemunho de Cohen e lamentou que essa audiência no Congresso foi programada “durante uma cúpula tão importante”, algo que considerou “terrível” e “inacreditável”.

O ex-advogado de Trump, que em maio será preso para cumprir com uma condenação de três anos ditada em dezembro por seu papel durante a campanha eleitoral de 2016. Cohen afirmou que Trump sabia que um de seus colaboradores, Roger Stone, estava em contato com o WikiLeaks para a publicação de milhares de e-mails do Partido Democrata que afetaram a campanha de sua rival nas eleições presidenciais de 2016, Hillary Clinton.

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