Estados Unidos Geral

Trump manda soltar George Santos, condenado a sete anos por roubo e fraude

Ex-deputado, filho de brasileiros, foi um dos poucos políticos que foram expulsos do Congresso

Retrato oficial de George Santos como congressista (Wikimedia)

O presidente Donald Trump usou seus poderes executivos para soltar o ex-deputado braso-americano George Santos, condenado a sete anos de prisão por fraude e roubo de identidade. Santos se elegeu para o Congresso em 2022, como representante do 3rd District, em New York. Em um post na sua rede social Truth, o presidente desejou boa sorte ao ex-deputado: “[ele] … foi horrivelmente maltratado. Assim, acabei de assinar uma comutação libertando George Santos da prisão, IMEDIATAMENTE. Boa sorte, George, tenha uma bela vida!” – escreveu Trump.

Santos foi acusado de roubar a identidade de 11 pessoas a fim de construir um passado de reputação e prosperidade para se eleger deputado federal pelo partido Republicano. Indiciado por diversos crimes, foi expulso do Congresso em 1 de dezembro de 2023, com 105 colegas Republicanos juntando-se a 206 Democratas votando pela sua remoção do posto de deputado. Investigações federais seguiram com o processo civil e condenaram Santos a sete anos de prisão 2025, depois que ele se declarou culpado das acusações.

Nascido nos Estados Unidos de pais brasileiros, Santos cresceu em Jackson Heights, em New York, e nunca teve formação superior, como alegava sua biografia de campanha. Dizia que era um experiente assessor financeiro e investidor, tendo trabalhado para Citigroup e Goldman Sachs, mas nenhuma das duas companhias tem seu registro de funcionário. No website de campanha, Santos dizia que a mãe havia sobrevivido ao atentado às Torres Gêmeas em 2001, mas ela estava no Brasil na época. Abertamente gay, depois de expulso do Congresso apareceu em seu alter ego, a drag Kitara Ravache, oferecendo vídeos personalizados na plataforma Cameo. Santos morou em 2008 em Niterói, no Rio de Janeiro, onde foi acusado de roubar o talão de cheques de um homem de quem a mãe cuidava.

“Deus abonçoe o presidente Donald J. Trump”, disse um dos advogados de Santos depois que Trump anunciou a comutação da pena.

A comutação, diferente do perdão, não anula a condenação criminal.

Compartilhar Post:

Baixe nosso aplicativo