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Venezuela reitera aos EUA pedido de extradição de ex-agente da CIA

A Venezuela enviou nesta quarta-feira uma nota ao governo dos Estados Unidos para reiterar o pedido para de extradição imediata do acusado de terrorismo Luis Posada Carriles. Na nota, a Venezuela pede aos americanos que cumpram com as convenções internacionais sobre terrorismo.

A nota, redigida pelo Ministério das Relações Exteriores, lembra que o anti-castrista Posada Carriles “está foragido da Justiça venezuelana há 22 anos, onde é processado como o autor intelectual da explosão de um avião de Cubana de Aviación”, em 1976, que matou 73 pessoas.

Na carta, a chancelaria também lembra que a Venezuela pediu a detenção e extradição de Posada Carriles em 15 de junho de 2005 e, 22 meses depois, ainda não “obteve resposta por parte do governo dos Estados Unidos”.

A nota responde à decisão tomada em 6 de abril pela juíza americana Kathleen Cardone, que ordenou a liberdade mediante o pagamento de fiança de Posada Carriles, que está preso em El Paso (Texas, EUA).

No comunicado, a chancelaria assinala que, segundo documentos oficiais americanos, Posada Carriles, 79, trabalhava para a CIA na Venezuela quando explodiu o avião da Cubana de Aviación.

Acrescenta ainda que o septuagenário seguiu trabalhando para a CIA na Nicarágua, no caso Irã-Contras, “quando fugiu da prisão venezuelana na qual esperava a sentença definitiva do caso”. O caso Irã-Contras é referente ao desvio ilegal, nos anos 1980, de verbas obtidas com a venda de armas para o Irã para os guerrilheiros contrários aos sandinistas, que haviam tomado o poder na Nicarágua

O comunicado pede ao governo dos EUA que, tendo em vista as “abundantes evidências” contra ele, classifique Posada Carriles como terrorista e providencie sua imediata extradição para que não goze “da mesma impunidade da qual desfrutam outros terroristas, igualmente foragidos da Justiça, asilados e amparados por esse governo”.

Também afirma que “ao proteger Posada, os EUA violam o Tratado de Extradição com a Venezuela e as convenções internacionais contra o terrorismo, além de burlar a memória das vítimas e a Justiça, amparando com sua conduta o terrorismo internacional”.

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