Estados Unidos

Carros voadores são exibidos pela primeira vez nos Estados Unidos

Os voos de demonstração tiveram duração aproximada de dez minutos e chamaram a atenção pelo baixo nível de ruído

A certificação da Administração Federal de Aviação é requisito obrigatório para o início das operações comerciais desses veículos nos EUA (Foto: Divulgação Joby Aviation)
A certificação da Administração Federal de Aviação é requisito obrigatório para o início das operações comerciais desses veículos nos EUA (Foto: Divulgação Joby Aviation)

A Joby Aviation e a Archer Aviation deram um passo histórico rumo à mobilidade aérea urbana ao apresentarem seus modelos de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOLs). As demonstrações ocorreram durante o California International Airshow, realizado no sábado (4), em Monterey County. Os voos, com cerca de dez minutos cada, reforçaram uma das principais promessas da tecnologia: operar sem gerar poluição sonora significativa. Associada à segurança operacional, a redução do barulho é considerada fundamental para conquistar a aceitação do público e garantir espaço aéreo dentro das cidades.

Estudos indicam que o setor poderá movimentar até $ 280 bilhões em receitas até 2045, impulsionado por uma frota estimada de 30 mil aeronaves e por um volume potencial de 3 bilhões de passageiros transportados em todo o mundo. As empresas pretendem oferecer um serviço semelhante a aplicativos de transporte, substituindo trajetos terrestres por deslocamentos curtos em aeronaves totalmente elétricas e de emissão zero. Para viabilizar esse modelo, ainda precisam superar desafios técnicos e regulatórios.

A Joby planeja lançar suas primeiras rotas comerciais em Dubai, já a partir do próximo ano. A Archer, por sua vez, anunciou uma parceria com os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028, para oferecer transporte entre o aeroporto e os locais das competições.

No Brasil, a Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, anunciou recentemente um contrato de R$ 1,39 bilhão com a Revo, prevendo a compra de até 50 aeronaves elétricas. As entregas estão programadas para começar no quarto trimestre de 2027. A startup será a primeira operadora comercial dos chamados “carros voadores” no país, tendo como foco São Paulo — cidade que já concentra mais de 400 helicópteros registrados e enfrenta intenso tráfego aéreo urbano. A proposta é substituir gradualmente as aeronaves convencionais pelas elétricas, menos poluentes e mais silenciosas.

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