Em declaração feita na terça-feira, 4, o Papa Leão XIV fez um apelo público por uma “profunda reflexão” sobre o tratamento de imigrantes nos Estados Unidos, destacando que muitos detidos têm sofrido limitações espirituais, como a negação da Sagrada Comunhão. Segundo ele, é necessário garantir que as necessidades espirituais dos presos sejam atendidas.
“Jesus diz claramente: como vocês receberam o estrangeiro? Vocês o acolheram ou não? Há uma reflexão profunda que precisa ser feita sobre o que está acontecendo”, afirmou.
Durante seu pronunciamento, o líder da Igreja Católica ainda ressaltou que muitas dessas pessoas, que foram impactadas pelas políticas recentes do presidente Donald Trump, vivem há anos no país sem causar problemas. O religioso enfatizou que a dignidade humana deve ser preservada, mesmo em processos administrativos ou judiciais.
“O papel da Igreja é lembrar que a dignidade humana é inegociável, e que toda pessoa deve ser tratada com respeito, independentemente de sua condição legal”, concluiu o pontífice.
Nos Estados Unidos, bispos ligados à Comissão para a Liberdade Religiosa manifestaram preocupação com as limitações aos sacramentos em centros de detenção, enquanto organizações de direitos humanos intensificaram suas demandas por acesso de agentes pastorais às instalações. A Casa Branca não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
