Estados Unidos

Pela primeira vez em uma década, furacões não atingem a costa dos EUA

Meteorologistas alertam que o período foi marcado por tempestades intensas e, em alguns casos, potencialmente devastadoras

Outra característica da temporada foi uma pausa na formação de tempestades entre meados de agosto e início de setembro, período que costuma ser o mais ativo do ano (Foto: Reprodução NOAA)
Outra característica da temporada foi uma pausa na formação de tempestades entre meados de agosto e início de setembro, período que costuma ser o mais ativo do ano (Foto: Reprodução NOAA)

A temporada de furacões do Atlântico de 2025 — que se encerra em 30 de novembro — caminha para se tornar um marco histórico, já que nenhum sistema atingiu a costa continental dos Estados Unidos, algo que não ocorria há cerca de 10 anos. Apesar do alívio para as regiões litorâneas, meteorologistas alertam que a ausência de impactos diretos não significa que a temporada tenha sido fraca. Embora o cenário represente tranquilidade para as áreas costeiras, especialistas ressaltam que a temporada foi marcada por tempestades intensas e, em alguns casos, potencialmente devastadoras caso tivessem seguido trajetórias diferentes.

As projeções iniciais da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) apontavam para uma temporada mais ativa que a média, com probabilidade de 60% de atividade acima do normal e estimativas entre 13 e 19 tempestades nomeadas. A ausência de landfalls é atribuída a condições atmosféricas específicas que influenciaram os ciclones tropicais e favoreceram o desvio das tempestades para alto-mar. Alguns dos sistemas que alcançaram categorias 4 e 5 — como Erin, Gabrielle e Humberto — permaneceram sobre o oceano.

As temperaturas elevadas da superfície do mar, impulsionadas pelas mudanças climáticas, forneceram combustível para episódios de rápida intensificação e sustentaram tempestades de grande intensidade, mesmo sem impacto direto em áreas habitadas.

O ano também impôs desafios operacionais à NOAA, que relatou atrasos em dados essenciais de satélites, fundamentais para o monitoramento e a previsão detalhada dos sistemas tropicais. A situação acende um alerta sobre a necessidade de reforçar infraestrutura e aprimorar ferramentas de observação.

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